Tecnologias promovem atendimento mais rápido e eficiente, escreve Michel Medeiros, CEO da Soluti
Muito além de inovações nas ciências médica e laboratorial, a área da saúde conta com grandes transformações tecnológicas, que caminham em alta velocidade e visam aprimorar a gestão da saúde. Ao mesmo tempo em que agregam valor e promovem uma série de benefícios a médicos e pacientes, como redução de erros e definição de diagnósticos mais assertivos, as inovações promovem atendimento mais rápido e eficiente.
Cabe destacar ainda uma questão essencial – a da segurança do tráfego de dados e informações no ambiente digital. Além disso, investir em novas tecnologias é um fator determinante para que instituições de saúde conquistem os selos de acreditação, uma espécie de ISO que mede o nível de qualidade e as diferencia de um concorrente.
No ano passado, segundo a IDC Brasil, até 80% das informações médicas, em algum momento, circularam em serviços de computação, fazendo-se necessária a implantação de um sistema como a certificação digital – também conhecida como identidade virtual, capaz de tornar o ambiente eletrônico protegido. Com o mesmo valor de uma declaração feita em papel, o certificado digital trata os documentos de forma eletrônica resistente a fraudes, ou seja, com o fator segurança em primeiro plano.
Há dois anos, em 2015, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tornou indispensável o uso do certificado digital na área da saúde para laudos eletrônicos emitidos por laboratórios de análises clínicas por meio de uma alteração na regulamentação RDC 302:2005.O sistema otimiza o fluxo de trabalho e eleva a qualidade do diagnóstico, além de dar conforto e segurança aos envolvidos, na medida em que coibi fraudes e reduz a possibilidade de erros de grafia que podem alterar resultados de diagnósticos.
Atualmente, o uso mais comum dessa tecnologia entre médicos, hospitais e planos de saúde é via Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP), sistema de certificação digital eletrônico em que o histórico clínico do paciente fica gravado. Seguro e confiável, o PEP oferece aos profissionais mais agilidade, na medida em que o prontuário do paciente pode ser acessado em qualquer computador ou dispositivo móvel. Ele pode ser usado na Troca de Informações na Saúde (TISS) e também na entrega da DMED (Declaração de Serviços Médicos e da Saúde) à Receita Federal pelos prestadores de serviços médicos e de saúde, operadora de plano privado de assistência à saúde.
Outra recente inovação do setor é o Movimento pela Segurança do Paciente desenvolvido pela Associação Médica Brasileira (AMB) com empresas parceiras, tendo em vista orientar e alertar sobre os perigos provocados por tratamentos feitos de forma irregular. A plataforma inovadora “Eu Prescrevo” fornece a receita médica de forma eletrônica, evitando fraudes e erros nas prescrições, além de diminuir gastos com papel.
Devido aos benefícios que o certificado digital fornece ao mercado, seu crescimento se dá não apenas na área da saúde, mas em diferentes segmentos. Prova disso é que, desde 2005, já foram emitidos mais de 17 milhões de certificados e apenas no ano passado esse número foi superior a 3,2 milhões, segundo o ICP Brasil. O cenário deve se manter promissor para os próximos anos e estimativa é que o mercado brasileiro dobre de tamanho até 2020.
O certificado digital na área da saúde é aliado dos procedimentos, da simplificação e segurança de todos os processos. Além disso, agilidade e economia financeira são demais argumentos suficientes para que empresas do setor médico inovem seus serviços.
*Michel Medeiros é CEO da Soluti