Alunas vivenciarão atividades de segurança cibernética, oficinas e palestras no 2º encontro do projeto METIS

Apesar da crescente demanda por profissionais e da grande empregabilidade em cibersegurança, apenas 25% dos postos de trabalho no setor são ocupados por mulheres. Com o objetivo de aumentar a participação feminina na área, o projeto METIS incentiva meninas e mulheres a explorar e avançar na segurança cibernética. “Estamos mostrando a essas meninas o caminho para chegar à cibersegurança e também incentivamos a disseminação do conhecimento sobre como se proteger aos familiares”, explica a coordenadora do projeto, Michele Nogueira, doutora em Ciência da Computação pela Universidade de Sorbonne e professora da UFMG.
O segundo encontro das 35 participantes do projeto, todas alunas do Ensino Médio e dos últimos anos do Ensino Fundamental de sete escolas públicas de Belo Horizonte e Região Metropolitana, acontecerá na quinta-feira, 11 de dezembro, das 9h às 15h 20min, com o DCC Cyber Security Day, o dia dedicado à cibersegurança, promovido pelo Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
No evento as alunas aprenderão, na prática, o que é cibersergurança e como se proteger de ataques cibernéticos, através do curso “Introdução à Cibersegurança: do básico ao essencial para estudantes conectadas”, que será ministrado por Isis Lavor, voluntária do projeto e estudante da Universidade Federal do Ceará. Isis sairá pela primeira vez do seu estado para ministrar esse curso e se integrar presencialmente à equipe do projeto.
Por uma palestra, as alunas participantes do METIS conhecerão como atuará o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Inteligência Artificial para Cibersegurança (INCT-IACiber), com sede na Universidade Federal de Minas Gerais, em Belo Horizonte, cujas atividades tiveram início em outubro de 2025. “O INCT-IACiber surge com a missão de avançar o conhecimento na interseção entre as áreas de Inteligência Artificial e Cibersegurança, capacitar profissionais de excelência, desenvolver soluções para IA seguras, éticas e resilientes capazes de proteger nossas infraestruturas críticas, garantir a privacidade dos cidadãos e apoiar políticas públicas de cibersegurança robustas e responsáveis”, explica Michele Nogueira, que também é vice-coordenadora do INTC-IACiber.
O Instituto trabalha em consonância com o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial 2024–2028, além da parceria com várias outras universidades do Brasil e articulação com instituições internacionais, empresas e órgãos públicos.
Haverá também uma palestra com o tema “Diversidade de gênero e a cibersegurança”, em que Roberta Viola do Instituto Kunumi, parceiro do projeto, inspirará as bolsistas com sua trajetória e atuação em cibersegurança.
O Projeto METIS
O Projeto METIS, apoiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), tem como principais objetos a conscientização das meninas sobre a possibilidade de atuação em cibersegurança desde ensino fundamental até superior, o desenvolvimento de habilidades dessas meninas, a formação de rede de mentorias e de parcerias estratégicas para elas, a promoção da inclusão social por uma profissão altamente demandada e com remuneração diferenciada, além de influenciar na criação de políticas públicas que promovam incentivos para as meninas atuarem na área. O projeto também conta como parceiros a Sociedade Brasileira de Computação (SBC), através do programa Meninas Digitais, empresas de tecnologia e dos governos das cidades envolvidas.
“Métis é a deusa grega da proteção. As mulheres têm preocupação intrínseca com proteção; por isso, trazem perspectivas diferenciadas e necessárias para construção de soluções de cibersegurança. O projeto, com duração de três anos, visa promover a inclusão e o protagonismo feminino na cibersegurança. Nosso objetivo é mudar a realidade que nós, cientistas em STEM (sigla do inglês para se referir às áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática), enfrentamos hoje, quando estamos em reuniões com colegas, e somos minoria sempre, às vezes uma mulher, outras duas entre tantos homens”, relata Michele.
Furar a bolha da presença predominantemente masculina no setor
Michele Nogueira aprendeu a lidar com o fato de ser minoria feminina e, com o tempo, foi adquirindo mais segurança para se posicionar em situações em que o fato de ser mulher gerou desconforto. “Eu entendo que seja desconforto para muitas meninas e muitas mulheres, até mesmo pela forma de atuação de alguns homens e também de mulheres, infelizmente. Muitas vezes nem eles mesmos percebem o que estão fazendo. Alguns interrompem o que estamos falando e não nos deixam terminar a frase. Outras vezes, falamos algo importante, os demais não valorizam, e mais adiante um homem fala o mesmo, com as mesmas palavras e todos valorizam. É cultural e temos que trabalhar em cima disso de forma ampla. Eu sempre tive uma personalidade forte, mas em algumas situações eu me resguardava, me diminuía onde eu deveria, na verdade, falar. Eu fui aprendendo a fazer isso ao longo do convívio com eles e elas, me posicionando”, reflete Michele.
O projeto METIS busca não apenas aumentar o número de mulheres e alunas na área, mas também criar uma mudança estrutural no setor, contribuindo para a formação de um ambiente mais inclusivo e diverso. “Assim, o projeto não só fortalece a cibersegurança, mas também promove um impacto positivo na sociedade, mostrando que a inclusão é um caminho essencial para a inovação e o progresso”, concluiu a professora.
CLM Awards 2025 celebra excelência em tecnologia e relacionamento no Jockey Clube de São Paulo
Rockwell Automation lidera adequação industrial à nova era de cibersegurança regulatória
Nota de apoio ao Plano da Aliança Nacional de Combate às Fraudes Digitais Bancárias
Da ameaça à resposta: a ‘fricção inteligente’ na era das fraudes por IA
Eventos que moldam o futuro da confiança digital
Estamos presentes nos principais palcos de tecnologia do Brasil e do mundo. Acreditamos que compartilhar conhecimento é essencial para o fortalecimento do ecossistema. Por isso, nossa cobertura destaca tendências, soluções, especialistas e empresas que lideram essa transformação.
Acompanhe os principais eventos do setor. Confira aqui!
O Crypto ID conecta tecnologia, regulação voltada à segurança da informação com inteligência editorial porque acreditamos no poder da informação bem posicionada para orientar decisões.
Conheça a coluna Cibersegurança.


Cadastre-se para receber o IDNews e acompanhe o melhor conteúdo do Brasil sobre Identificação Digital! Aqui!





























