A espectativa da Cibersegurança em 2025 é que empresas e governos vão enfrentar um cenário ainda mais complexo, impulsionado por avanços tecnológicos e novas táticas dos cibercriminosos.
Por Eduardo Costa
À medida que o mundo se torna cada vez mais dependente de tecnologias digitais, naturalmente os desafios relacionados à cibersegurança se intensificam.
A proteção de dados e sistemas críticos exigirá um esforço conjunto, com investimentos em infraestrutura, novos modelos de segurança e a formação de profissionais qualificados para lidar com uma ameaça crescente que pode alcançar custos astronômicos.
De acordo com um levantamento realizado pela Statista, o indicador global do ‘Custo Estimado do Crime Cibernético’ no mercado de segurança cibernética foi previsto para aumentar continuamente entre 2024 e 2029, passando de US$ 9,22 trilhões para US$ 15,63 trilhões.
Esse crescimento exponencial é impulsionado pela profissionalização de grupos criminosos organizados, que muitas vezes contam com apoio de governos. Essa tendência está mudando a dinâmica do crime cibernético, que se torna cada vez mais sofisticado e difícil de combater. Por isso, espectativa da Cibersegurança em 2025 é que as empresas, em especial, passam a ter que lidar com questões multifacetadas que vão desde a escassez de talentos até a adaptação a novas tecnologias como a computação quântica.
No centro da crescente ameaça, a segurança de infraestruturas críticas, como redes de energia e sistemas de transporte, se torna uma prioridade absoluta. O risco de ataques a esses sistemas é grande, e suas consequências podem ser devastadoras, não apenas para as empresas, mas para a sociedade como um todo.
Além disso, o crescente número de dispositivos conectados à Internet das Coisas (IoT) amplia as vulnerabilidades do ecossistema digital. A falta de segurança robusta em muitos desses dispositivos os torna alvos fáceis para os cibercriminosos, que exploram brechas para lançar ataques mais complexos. Assim, com a popularização da IoT, a proteção desses dispositivos precisará ser redobrada, exigindo novas abordagens no design e na gestão de segurança.
Por outro lado, a escassez de talentos na área de cibersegurança continua a ser uma das maiores barreiras para a proteção efetiva dos sistemas das organizações, o que torna ainda mais difícil para as empresas se protegerem contra as ameaças. Este desafio exige não apenas a atração de novos profissionais, mas também a implementação de programas de formação contínua.
A diversidade e inclusão, por exemplo, devem ser vistas não apenas como uma questão social, mas como uma estratégia fundamental para atrair novos talentos, ampliando a base de profissionais capazes de lidar com a complexidade das ameaças cibernéticas.
A sofisticação dos ataques também está em constante evolução, com técnicas avançadas, como malware polimórfico, ataques de dia zero e ameaças persistentes avançadas (APTs), que estão se tornando cada vez mais comuns e combinam diversas técnicas para aumentar a eficácia e dificultar sua detecção.
A resposta a essas ameaças exige uma abordagem de proteção mais dinâmica e automatizada. Ferramentas de automação de segurança, que podem identificar e mitigar incidentes em tempo real, serão essenciais para lidar com a complexidade crescente dos ataques.
Além disso, a computação quântica promete revolucionar a forma como devemos proteger dados. Com o potencial de quebrar métodos de criptografia tradicionais rapidamente, esse conceito exige o desenvolvimento de novas técnicas de segurança para garantir a proteção de dados sensíveis. Empresas e governos terão que se preparar, investindo em novas formas de criptografia e algoritmos capazes de resistir a ataques de supercomputadores quânticos.
Em meio a todos esses desafios, uma abordagem proativa será fundamental. As empresas precisam adotar uma mentalidade de “Zero Trust”, ou seja, uma perspectiva em que nada é considerado seguro por padrão, seja dentro ou fora de sua rede. Isso significa que cada acesso deve ser verificado, e as políticas de segurança devem ser constantemente atualizadas e reforçadas para garantir a integridade dos dados e a proteção contra intrusões.
Assim, a Cibersegurança em 2025 trará uma série de desafios complexos para a cibersegurança, mas também uma oportunidade para as organizações se reinventarem. A adaptação às novas tecnologias, o uso de Inteligência Artificial e a automação de processos de segurança serão fundamentais para lidar com as ameaças emergentes.
No entanto, a verdadeira chave para o sucesso será a formação contínua de profissionais qualificados, a construção de uma cultura organizacional voltada para a segurança e o desenvolvimento de soluções inovadoras capazes de antecipar e mitigar as ameaças. O futuro da cibersegurança exige uma abordagem colaborativa, ágil e dinâmica, capaz de responder com rapidez a um cenário que, embora desafiador, está repleto de oportunidades para aqueles que souberem inovar e se antecipar às mudanças.
*Eduardo Costa é head de TI da SONDA Brasil, líder regional em serviços de Transformação Digital.
Cibersegurança é o conjunto de práticas e tecnologias que protegem sistemas, redes, dados, aplicativos e dispositivos de TI de ataques cibernéticos. O objetivo é garantir que as informações e os sistemas permaneçam seguros, funcionando corretamente e livres de ameaças.
Conheça nossa coluna de Cibersegurança e aprenda se proteger melhor!
Junte-se a nós na construção de um futuro digital mais seguro e confiável!
Ao longo de dez anos, trilhamos um caminho de pioneirismo com foco em segurança digital, identificação e privacidade. Celebramos essa jornada com a certeza de que a confiança é a base para um futuro digital sólido e promissor.
Mas a nossa missão continua! Convidamos você, leitor, e sua empresa a se juntarem a nós nesta jornada em busca de um futuro digital ainda mais seguro e confiável. Acreditamos no poder da colaboração para construir um ecossistema digital onde empresas, máquinas e pessoas possam confiar muito mais uma nas outras.