Funcionários dos serviços de segurança e inteligência do Reino Unido (MI5, o MI6 e GCHQ) foram demitidos por acessarem de forma inadequada alguns dados pessoais adquiridos através de operações de vigilância em massa. Essa informação foi divulgada no novo relatório do Comitê de Inteligência e Segurança de Westminster (ISC).
O documento é o primeiro grande estudo a respeito da maneira co as agências de inteligência reúnem os dados pessoais em massa e de como esses bancos acabam por ser acessados de maneira ilegal por alguns funcionários.
O relatório afirma que “até o momento houve apenas um caso em que GCHQ demitiu um membro de sua equipe por abusar de acesso aos sistemas”, mas depois diz que “cada agência informou que eles haviam disciplinado – ou, em alguns casos demitido – funcionários que acessaram inadequadamente informações pessoais mantidas nestes conjuntos de dados nos últimos anos “.
Além da denúncia, o documento apontou falta de transparência nas ações de vigilância do Reino Unido e uma legislação carente e confusa quanto a legalidade dessas ações que poderiam comprometer a privacidade dos cidadãos britânicos.
O estudo foi realizado durante 18 meses e assinalou a importância de reformular as normas que controlam os acessos a dados privados de comunicação por parte das agências de inteligência sob uma única legislação.