A revista alemã Spiegel publicou esse mês parte do código de um programa sofisticado que grava teclas digitadas usado por espiões britânicos e norte-americanos na investigação ilegal de diversos países.
Boa parte do código vazado por Edward Snowden, ex-prestador de serviços da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA), é correspondente a um malware chamado Regin, divulgado em Novembro de 2014 e que apresentava diversas ferramentas de espionagem.
De acordo com os pesquisadores da empresa de software de segurança Kaspersky Lab, o Qwerty, como é chamado o programa de gravação de teclas, só funcionaria com a plataforma Regin que supostamente estaria sendo usada há anos por diversos países do ocidente.
O Regin já foi encontrado em sites de agências governamentais, grandes empresas e instituições financeiras de 14 países, incluindo o Brasil. Isso sugere que o software malicioso era uma das plataformas de operações compartilhadas ilegais do grupo de países conhecido como Cinco olhos (Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Austrália e Nova Zelândia).
Convidada a comentar sobre o caso, a NSA optou por não falar de acontecimentos específicos, porém informou que atua em conformidade com as leis de vigilância ampla do exterior dos EUA.