por Juan Riquelme Marin Santos
Sabendo que a criminalidade, seja ela virtual ou física, envolve organizações com abrangência nacional e modernas técnicas para o roubo de dados de cartões, é preciso estar atendo a algumas recomendações em que o próprio titular previne esse tipo de delito, além de minimizar tais práticas.
A Operação Singular 2, deflagrada na última semana pela Polícia Federal e que visa o combate à criminalidade cibernética, tem entre seus principais delitos a fraude bancária eletrônica, com o roubo de dados de cartões de crédito e sua posterior revenda.
Se por um lado os dados são usados para futuras compras fraudulentas, gerando prejuízo ao comércio e às instituições bancárias, o que atinge a quantia estimada de R$ 125 milhões, por outro, os titulares também sofrem prejuízos financeiros e pessoais.
Veja sete dicas para evitar o golpe da clonagem de cartões abaixo:
- Em caso de compras pela internet, use o cartão virtual temporário: hoje, é indispensável o uso deste recurso, que proporciona mais segurança, mesmo que as compras sejam feitas em sites conhecidos. Os gigantes do mercado já tiveram seus sistemas invadidos e os dados de seus clientes vazados, por isso, a melhor escolha é prevenir!
- Para compras físicas em pequenos estabelecimentos, evite utilizar cartões: muitas quadrilhas instalam sistemas para roubar os dados dos cartões em máquinas de pagamento e os lugares mais propícios à clonagem são os pequenos estabelecimentos, como lojas de esquina e vendedores de rua. Neste caso, uma sugestão é usar o Pix.
- Cubra o teclado ao digitar a senha: é possível que alguns estabelecimentos tenham câmeras estrategicamente posicionadas e apontadas na direção do teclado, então procure dificultar a visualização da digitação da senha. Isso também vale para as operações realizadas nos caixas eletrônicos.
- Não entregue o cartão a terceiros: se o lojista ficar em poder do seu cartão por alguns instantes, é possível que, neste momento, aconteça o roubo dos dados, seja por meio de câmeras estrategicamente posicionadas ou levando a transação para uma máquina de pagamento que esteja mais distante de sua visão. Lembre-se também de nunca entregar seu cartão a portadores supostamente enviados pelo banco.
- Não acredite em ligações do “banco” alegando clonagem: na hipótese de vivenciar essa experiência, não faça nada que foi pedido por telefone. Pelo contrário, ligue imediatamente para o número de atendimento do seu banco e confirme os fatos e a veracidade da informação utilizando, de preferência, outro aparelho de telefone.
- Saiba em que momentos a senha do cartão pode ser exigida: nos caixas eletrônicos e durante as compras físicas são as únicas opções em que será necessária a utilização da senha. Caso um site, além de seu banco, exigir o PIN, desconfie.
- Verifique a fatura do cartão regularmente: essa dica não é sobre como evitar, mas sim sobre como aumentar as chances de descobrir uma clonagem de cartão. Verificando a fatura constantemente é mais fácil para identificar as compras que não foram realizadas. Em caso de ações desconhecidas, comunique o banco imediatamente. Uma dica extra é ativar os serviços de SMS oferecidos pelo banco, que avisam sobre qualquer compra ou movimentação realizada com o cartão.
*Juan Riquelme Marin Santos é consultor de Inteligência de Ameaças da ICTS Protiviti, empresa especializada em soluções para gestão de riscos, compliance, ESG, auditoria interna, investigação e proteção e privacidade de dados.
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