Após o recente ataque cibernético à produtora Sony, os especialistas em informática foram rápidos ao especular que a Coreia do Norte estava por trás da infiltração digital.
Depois da confirmação da Agência Federal de Investigação Norte Americana sobre o envolvimento do país nos ataques, as especulações foram ainda mais duras. O cenário, porém, sofreu uma reviravolta ágil, como tudo em mundo digital e os primeiros especialistas começam a voltar atrás a respeito da informação, acreditando que uma represália ao filme “A entrevista” não foi o real motivo de um dos maiores ataques digitais da história.
Os especialistas norte-coreanos por sua vez, se anteciparam a afirmar que não são responsáveis pelos ataques a Sony, e alguns profissionais dos Estados Unidos afirmam que o país comunista pode estar dizendo a verdade já que as provas usadas para incriminá-los não são suficientes para provar um cyberataque.
Sam Glines, CEO da empresa de segurança cibernética Norse, disse: “É claro para nós, com base em provas que coletamos, que a Coreia do Norte não é responsável por organizar ou de iniciar o ataque à Sony.”
Quem quer que sejam os hackers responsáveis pela ação, o fato de que eles estiveram bastante ocupados planejando e executando a aão não se discute já que toneladas de informações recolhidas a partir de servidores da Sony foram liberadas livremente. Entre essas informações estão orçamento do filme, os salários expressos, e-mails particulares e outros.
Para alguns, a ideia de que a Coreia do Norte, um país ainda oficialmente em guerra com os Estados Unidos, sejam os responsáveis não é nenhuma surpresa, porém o país nunca foi no radar para ataques a computadores e ataques de negação de serviço. Nações como a India, Irã, Iraque e a Rússia porém são conhecidas por seus avanços no cybercrime.
A Symantec classificou 20 países que geram mais crimes cibernéticos. Ao compilar a lista, a empresa olhou para seis fatores: parcela da atividade de computador malicioso, ranking de código malicioso,Ranking de spam zombies, phishing, Rank bot e origem do ataque.
A partir dos dados coletados foi possível encontrar um ranking que apontou os EUA, China, Alemanha, Grã Betanha e Brasil como os países em que mais crimes são cometidos no mundo virtual. A Russia está na décima segunda posição, enquanto a Coreia do Norte nem sequer entra no top 20.
Apesar de ter uma posição menos favorecida em relação aos demais países, a Rússia é o grande destaque entre os especialistas dos Norte Americanos já que possui um histórico de ataques aos Estados Unidos e embora não encabece a lista de acordo com os fatores da Symantec , quando o assunto é qualidade em ações é um dos principais suspeitos.
Diante de tanta especulação o governo russo tem feito uma abordagem “hands-off” para lidar com o problema. Especialistas dizem que, enquanto os hackers estão alvejando vítimas estrangeiras, autoridades russas vão deixar que os hackers construam suas ferramentas digitais necessárias para elaborar um túnel de vulnerabilidades. As autoridades russas, em seguida, esperam usar as ferramentas desenvolvidas para a sua própria espionagem cibernética.