Os ataques ameaçam a integridade de sistemas e dados, evidenciando a urgência de investir em ciber segurança e tecnologias para proteger infraestruturas e dados sensíveis
Por Adriano Frare
O Brasil enfrenta um aumento alarmante em ataques cibernéticos, alinhado com uma tendência global.
Os ransomwares são os mais preocupantes, explorando vulnerabilidades desconhecidas e afetando setores críticos como comunicações, governo, forças armadas, transporte e saúde.
Esses ataques ameaçam a integridade de sistemas e dados, evidenciando a urgência de investir em cibersegurança e tecnologias para proteger infraestruturas e dados sensíveis.
Brasil excede o volume de ataques cibernéticos em comparação com a média global.
De acordo com o Relatório de Inteligência de Ameaças da Check Point Software, as estatísticas sobre o cenário de ataques cibernéticos no Brasil indicam que, no segundo trimestre deste ano, o país registrou um aumento de 67% nos ataques cibernéticos, em que as organizações foram atacadas 2.754 vezes por semana, em comparação com o mesmo período do ano passado.
É um crescimento exponencial em comparação com a taxa de 7% no segundo trimestre de 2023, quando as organizações no Brasil foram atacadas 1.645 vezes por semana, em comparação com o mesmo período em 2022.
A crescente escalada de ataques não deve parar nos próximos anos!!!
Eduardo Gonçalves, country manager da Check Point Software Brasil, declarou que os benefícios de investir em soluções de segurança cibernética baseadas em IA (Inteligência Artificial), especialmente diante das ameaças em evolução e do aumento da complexidade e das superfícies de ataque, orientando sobre as estratégias e as melhores práticas necessárias para proteger organizações, pessoas, nuvem e interações no mundo digital de hoje.
Se considerarmos os últimos seis meses (fevereiro a julho de 2024), uma organização no Brasil está sendo atacada em média 2.615 vezes por semana, comparado aos 1.587 ataques por organização em todo o mundo.
Em termos de ameaças, o Brasil enfrenta principalmente o malware AgentTesla, um RAT (Remote Access Trojan) avançado que funciona como um keylogger e ladrão de senhas e tem como alvo os navegadores Google Chrome, Mozilla Firefox e Microsoft Outlook; 83% dos arquivos maliciosos no Brasil foram entregues via Web nos últimos 30 dias; e o grupo RansomHub, que surgiu pela primeira vez em fevereiro de 2024, teve um aumento significativo em junho, com quase 80 novas vítimas, com números significativos delas no Brasil.
Também nos últimos seis meses, os quatro principais setores mais atacados no Brasil foram Comunicações (uma organização foi atacada 4.684 vezes por semana), Governo/Forças Armadas (3.665), Transporte (3.503) e Saúde (2.908).
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Sobre o Adriano V.L. Frare
Adriano V.L. Frare é graduado em Bacharelado em Matemática com ênfase em Processamento de Dados FSA – Centro Universitário Fundação Santo André, com curso de especialização na Universidade de Stanford na área de criptografia, detém certificações internacionais em ITIL, Ethical Hacking, LPI Linux Security e CISSP.
Nos últimos 15 anos vem desenvolvendo projetos na área de segurança da informação e certificação digital, onde trabalhou na iniciativa pública e privada.
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