A evolução humana é sempre caminhar para frente, principalmente com os avanços constantes de tecnologias disponíveis
Por Nilson Brizoti
A evolução humana é sempre caminhar para frente, principalmente com os avanços constantes de tecnologias disponíveis. Mas, para que a mágica da disrupção realmente aconteça é preciso que boas bases estejam estabelecidas. Como seria o caso do 5G, porta para a evolução e surgimento de muitas outras tecnologias, mas infelizmente estamos atrasados.
Um dos maiores setores da economia brasileira, a logística encontra-se ainda no universo 2G, que em breve será desligado. Apesar do projeto ser uma extinção gradual, ainda neste ano, operadoras de telefonia pretendem completar o acordo.
Mas se já estamos na era 5G, porque a logística que utiliza das maiores e mais avançadas tecnologias continua no 2G?
Nilson Brizoti, diretor de Tecnologia e Produtos da Pointer by PowerFleet Brasil, aponta alguns dos principais motivos para a logística ainda não ter avançado neste tema.
– O Brasil possui dimensões continentais, assim o desligamento da rede 2G acarretará em uma diminuição da área de cobertura, trazendo prejuízos principalmente nas regiões mais interioranas do país onde as outras redes ainda não estão plenamente difundidas;
– Atualmente existem cerca de 50 milhões de aparelhos que funcionam com 2G. O 2G é significativamente mais barato do que tecnologias mais avançadas, incluindo a homologação de equipamento. Já que a maior parte da IoT é importada, com a depreciação do real, esta importação ficou ainda mais cara;
– A quantidade de dispositivos conectados unicamente na rede 2G é enorme, principalmente os utilizados para aplicações M2M (rastreadores, máquinas POS).
Ainda de acordo com o especialista em pesquisa e desenvolvimentos de soluções, apesar do senso comum pensar no 5G, a migração acontecerá para o 4G, o que já é excelente.
Apenas 7 dos 27 estados brasileiros estão preparados para receber a tecnologia 5G e que, ainda, depende e muito de incentivos dos governos locais como autorização e construção de infraestrutura capaz de suportar a nova agilidade.
O uso de IoT nos carros, sistemas de trânsito, ou mesmo, o simples home office seriam incrivelmente beneficiados com a redução no tempo de resposta para a transmissão de dados do 5G, mas Brizoti afirma que o 4G trará um avanço a inúmeros setores da economia brasileira, e não só a logística. Tais como agronegócios conectados, transações financeiras e muito mais.
Sobre Nilson Brizoti
Como Diretor de Tecnologia e Produtos da Pointer by PowerFleet Brasil Nilson é responsável pelo Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento para criar tecnologias para redução de custos, prevenção de acidentes, minimizar riscos e controlar ativos móveis.
Possui Pós Graduação em Administração de Sistemas Integrados pela FGV/Eaesp e MBA em Gestão de Operações, Produtos e Serviços pela POLI/USP – Escola Politécnica da USP.
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