A IA já se tornou comum neste segmento com o uso de chatbots e assistentes virtuais para atender às solicitações de usuários
Por Gilmar Bonzatto*
O setor de telecomunicações descobriu uma possibilidade de expansão digital além de suas tradicionais ofertas e, com o avanço do 5G, essa tendência tem se fortalecido.
De acordo com estudo da SmC+ Digital Public Affairs, o investimento nessa área pode chegar a US$ 4,5 bilhões até 2030 no Brasil.
E, para continuarem cada vez mais competitivas e menos tradicionais, as empresas têm destinado parte desse montante para a área da Tecnologia da Informação.
A Inteligência Artificial (IA), por exemplo, já se tornou comum neste segmento com o uso de chatbots e assistentes virtuais para atender às solicitações de usuários quanto ao suporte e solução de problemas.
Porém, com tanta demanda e oferta, as empresas querem ampliar os seus serviços tradicionais tornando-se mais ativas na oferta para os seus clientes por meio de um marketplace, como exemplo.
Essa mudança pode ser percebida, principalmente, nas operadoras que detêm um grande volume de dados utilizáveis dos seus clientes.
Mas, o destaque em si é a capacidade de análise para interpretá-los. Nesse momento, as empresas passam a utilizar a IA para ler esses dados e, assim, transformá-los em informações de valor para o negócio.
Por exemplo, possuindo dados tais como nome, CPF, consumo de telefone e internet nos últimos 12 meses, a operadora consegue saber se o cliente é um bom pagador, quanto gasta e qual o seu potencial financeiro.
Tendo informações cruzadas sobre a renda, ofertas diferenciadas podem ser oferecidas e até mesmo decisões de negócios podem ser tomadas, como em campanhas para grupos de clientes com o mesmo perfil.
Além disso, colaboração entre grupos, redes sociais e aplicativos são outras fontes para se conseguir diferentes tipos de dados, que, quando combinados, possibilitam definir perfis e gerar novos tipos de ofertas.
Pode-se, por exemplo, criar um mapa de navegação em relação às buscas dos clientes, como cinema, entretenimento e música, e, a partir daí, a operadora ser capaz de oferecer serviços de streaming.
Para acelerar esse processo de digitalização, uma grande aliada das empresas são as Interfaces de Programação de Aplicações (API), responsáveis por permitir integrações entre diferentes sistemas.
Por exemplo, uma operadora que já conhece o cliente devido à combinação de dados realizada pela Inteligência Artificial, faz o uso de uma API para ofertar um serviço de streaming, numa outra ponta, com essa mesma interface é possível fazer contatos para ofertas de serviços financeiros ou simplesmente para agradecer o cliente com o objetivo de fidelizá-lo.
Sendo assim, não se torna necessária a criação de uma nova API para cada operação requisitada pelo cliente, tornando as ações muito mais ágeis para o lançamento e a monetização de novos produtos e serviços.
Empresas que seguem uma estratégia de API First entenderam que não é apenas um software e, sim, uma mudança de pensamento.
O resultado é que, além de deixar processos mais ágeis, agrega valor e, acompanhada da Inteligência Artificial, ajuda as empresas a tomarem decisões mais assertivas.
Independente do porte das empresas, é importante entender e desenvolver um roadmap que atenda às necessidades de cada organização na implementação de sistemas e soluções, como IA e APIs, já que essas são transformações necessárias para responder à dinâmica do mercado.
*Gilmar Bonzatto é diretor de operações de Telco & Media da Engineering, companhia global de Tecnologia da Informação e consultoria especializada em Transformação Digita
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