O seu mercado é realmente escasso? Em certo sentido, sim. Criptomoedas não podem ser criadas na mesma frequência em que dinheiro físico
Especialista da ISH Tecnologia responde as principais dúvidas sobre o investimento.
Nos últimos tempos, um tipo de investimento que cresceu em relevância são as criptomoedas.
Moedas digitais descentralizadas cujas informações de transação são transferidas inteiramente na internet, no chamado “blockchain”.
Porém, ainda que tenham se popularizado consideravelmente, muitas dúvidas ainda existem sobre o seu funcionamento.
“Em um primeiro olhar, as criptomoedas podem soar como puramente especulativas e sem um valor palpável, mas já são usadas para complementar a carteira de pagamentos de muitas empresas no mundo”, conta Leonardo Camata, Diretor de Alianças e Inovação da ISH Tecnologia.
“Assim como tudo que é novo, ainda mais no setor financeiro, é visto com estranheza, mas tem sim suas utilidades”.
Existem muitas dúvidas sobre a legitimidade e riscos envolvidos nos investimentos em criptomoedas e ativos digitais. Abaixo, Camata responde os principais:
– É um mercado sem regulamentação? Não, mas não da forma que se imagina. Camata explica: Governos e instituições federais não podem monitorar, restringir, autorizar ou desfazer uma transação entre usuários por criptomoedas.
A regulamentação que existe nesse mercado é feita pelas “Exchanges”, uma espécie de corretora dos ativos.
“Um exemplo: as exchanges brasileiras prestam informações à Receita Federal. Nesse sentido, a regulamentação existe, mas ela nunca chega a de fato a atingir a moeda.” Frisa também que, apesar da existência dessas corretoras, seu uso não é obrigatório para negociações usando criptomoedas.
– Não é um esquema de pirâmide? Esse é um receio comum aos que são pouco familiares com esse mercado, de que é um universo onde pessoas que já são ricas vão para ganharem ainda mais às custas de novos investidores.
“Não é uma pirâmide pelo simples fato de que você não ganha nem perde nada quando outras pessoas compram ou vendem ativos”, analisa Camata.
“O que acontece é que, de fato, essas moedas são utilizadas para fraudes em determinados contextos. Mas nesse sentido, não diferem de todos os meios pelos quais golpes são aplicados, do boi gordo à telefonia”.
Camata também comenta: “Não se trata de um jogo de azar, e sim de um investimento como qualquer outro, com chances de ganhos e perdas”.
– Como é sua segurança? “O blockchain é uma das tecnologias mais seguras já criadas até hoje”, ressalta Camata, de início.
Apesar disso, cresce o número de incidentes de ransomware cujo pagamento é feito em criptomoedas, exatamente pelo fato de não possuírem jurisdição e dificilmente poderem ser rastreadas a uma pessoa física.
O lastro deixado por essas moedas também é um ponto a se considerar.
“Assim como a libra esterlina não pode mais ser comparada à libra de prata, os ativos não possuem um lastro real”, explica Camata. A mudança ocorre em tokens como NFTs, por exemplo, onde os lastros são formados pelos próprios contratos de posse.
– É ecologicamente sustentável? Segundo o especialista, aqui cabe uma reflexão. As transações de criptomoedas dependem da execução de cálculos matemáticos complexos, feitos por “mineradores” (que podem ser pessoas e empresas), que, de fato, consomem altas quantias de energia.
Por outro lado, a indústria bancária faz o mesmo, e, segundo apontam estudos, com o dobro do consumo das criptomoedas.
– O seu mercado é realmente escasso? Em certo sentido, sim. Criptomoedas não podem ser criadas na mesma frequência em que dinheiro físico é impresso, por exemplo.
Existe uma barreira inserida no próprio código-fonte das moedas para que sua quantia não ultrapasse determinado número.
“A limitação de quantidade simula a quantidade finita de recursos, como o ouro”, explica Camata.
Sobre a ISH
A ISH Tecnologia, fundada em 1996, é uma empresa líder nos segmentos de cibersegurança, infraestrutura crítica e nuvens blindadas.
Ocupa a 26ª posição no ranking das 250 principais provedoras de serviços de segurança gerenciados do mundo, publicado pela MSSP Alert.
Com mais de 600 profissionais especializados, tem entre seus clientes algumas das maiores empresas do Brasil, incluindo bancos, fintechs, instituições financeiras, varejistas, atacadistas, empresas da área de saúde e órgãos públicos.
A matriz fica em Vitória (ES), e a empresa mantém filiais em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Goiânia e Pernambuco e subsidiária nos EUA.
Os desafios quanto ao direito de propriedade no metaverso
Por que os bancos finalmente entraram na corrida dos criptoativos?
PicPay lança corretora que permite comprar, vender e armazenar criptomoedas
Acompanhe também artigos sobre Criptoativos aqui no Crypto ID.