Da mesma forma como os usuários agem com cautela diante de transferências bancárias no mundo real, o cuidado deve ser redobrado no metaverso.
ESET aponta quais as principais modalidades de golpes e alerta usuários para que fiquem atentos ao ingressarem na realidade virtual
O metaverso, ambiente que mistura a vida real com o meio virtual, apesar de ser uma tecnologia que ainda está se consolidando, vem sendo palco de ataques parecidos com os que são aplicados no mundo físico.
Por isso, a ESET, empresa líder em detecção proativa de ameaças, aconselha sobre como ter mais segurança ao acessar esse novo universo.
O objetivo desse espaço é proporcionar a experiência da vida cotidiana em um ambiente imersivo online, que pode utilizar tecnologias como a realidade virtual, inteligência artificial e realidade aumentada.
Com isso, o compartilhamento de dados pessoais se torna parte crucial para integrar esse mundo. Nesse contexto, Daniel Barbosa, especialista em segurança da informação da ESET, alerta sobre a importância dos usuários estarem atentos às informações solicitadas e compartilhadas.
“Para as empresas, é importante entender como a integração ao metaverso vai funcionar, principalmente no que diz respeito a protocolos de segurança e dados de validação de contas, porque as ameaças cibernéticas continuarão sendo um desafio para os meios corporativos e para usuários nos próximos anos”, explica Barbosa.
Apesar de serem realidades distintas, ações configuradas como crimes no mundo físico, também são passíveis de punição no virtual. Um dos delitos mais comuns é a pirataria.
Um exemplo de como os crimes virtuais podem ser descobertos e punidos, foi a realização, pela primeira vez, de uma ação do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que incluía 30 mandados de busca e apreensão em diversos estados brasileiros e que prendeu quase 20 pessoas.
A Operação 404, como ficou conhecida, constatou que, além de contrabandear materiais originais, os criminosos também roubaram dados pessoais de usuários de serviços de streaming, como senhas, fotos e dados bancários.
A ESET também alerta para outras modalidades de golpes que podem fazer parte dessa nova realidade:
– Fraudes de NFTs (tokens não fungíveis) e criptomoedas: assim como no mundo físico, o virtual também terá um comércio amplo, que atualmente já envolve lojas de grifes, shows de artistas internacionais e até mesmo propriedades.
Então, da mesma forma como os usuários agem com cautela diante de transferências bancárias no mundo real, esse cuidado deve ser redobrado no metaverso.
– Wearables: óculos e manoplas de realidade virtual farão parte da imersão no metaverso. Com ainda mais sensores que um celular, dispositivos vestíveis como os smartwatches já são capazes de ler a altura do usuário, sua localização, bioimpedância e frequência cardíaca.
Os acessórios de tecnologia mais avançada podem fornecer reconhecimento facial com um nível de alta precisão, então a preocupação deve ser voltada para a utilização dos dados que são coletados nesses aparelhos, para que os usuários não tenham grandes riscos de segurança.
– Roubo de identidade: no universo virtual, a forma de identificação de um usuário para outro são os avatares, principalmente em jogos como Roblox e Minecraft ou nas redes sociais, como no Facebook ou o próprio Bitmoji do iOS.
Como ainda não se sabe de que forma será feita a validação dos perfis e personalização de avatares no metaverso, é preciso estar atento a golpistas que se passam por amigos, conhecidos ou até mesmo celebridades, para não ser vítima de algum tipo de golpe derivado de phishing.
– Compartilhamento de malware: como o principal objetivo dessa nova realidade é a experiência do convívio social em um novo ambiente, as interações entre usuários serão inevitáveis – além de conversas, o compartilhamento de diversos tipos de arquivos também será parte integral dessa imersão.
Arquivos maliciosos já são parte significativa do cenário de ameaças digitais hoje e precisarão ser analisados no metaverso, pois dependendo de como as pessoas interajam entre si, elas poderão compartilhar conteúdos infectados e, até mesmo, conseguir acesso às informações umas das outras.
Apesar da Meta, antiga Facebook Inc., ter formado um consórcio com empresas do setor de tecnologia, como a Microsoft e Epic Games, para criar o “Metaverse Standards Forum”, que busca desenvolver padrões para a construção de um metaverso aberto, a discussão sobre normas de conduta para os usuários ainda é incipiente.
“A ESET reforça que a educação sobre segurança digital é a principal maneira de se proteger das ameaças que encontramos na Internet e que poderemos nos deparar no metaverso. Então, devemos sempre considerar que os criminosos integram todos os ambientes virtuais, e precisamos estar atentos às novas modalidades de golpes que podem ocorrer nesse universo”, conclui Barbosa.
Sobre a ESET
Desde 1987, a ESET® desenvolve soluções de segurança que ajudam mais de 100 milhões de usuários a aproveitar a tecnologia com segurança. Seu portfólio de soluções oferece às empresas e consumidores de todo o mundo um equilíbrio perfeito entre desempenho e proteção proativa.
A empresa possui uma rede global de vendas que abrange 180 países e possui escritórios em Bratislava, San Diego, Cingapura, Buenos Aires, Cidade do México e São Paulo.
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