A web3, que é como uma nova fase da internet e propõe um ambiente 3.0, mais atual, mais seguro e descentralizado por meio de blockchain
Por Daniel Chor
Em 2021 a palavra do ano foi NFT. Naquele momento, muitas pessoas tiveram o primeiro contato com termos como tokenização, web3, blockchain e o famoso NFT.
Em princípio, pode parecer algo muito complicado e totalmente fora da realidade de pessoas comuns.
Mas é aí que a gente se engana! Essas tecnologias estão sendo utilizadas na prática em nosso dia a dia sem nos darmos conta de como ela tem sido útil e revolucionária para acompanhar a nossa evolução.
Na área de tecnologia precisamos lidar diariamente com diversas inovações que surgem em todo o mundo e, com isso, nos deparamos com soluções que se tornam verdadeiros divisores de águas.
Passamos por isso com os smartphones, internet, aplicativos, redes sociais – e com a web3 não será diferente.
É preciso um tempo entre o momento em que a sociedade tem o primeiro contato com a novidade, se sinta à vontade para experimentar a tecnologia, comece a inserir na rotina, até que simplesmente não sabemos mais como vivíamos sem aquela ferramenta.
Mas afinal, como elas funcionam na prática? Do que estamos falando? Eu sempre digo que esses termos não precisam ser um bicho de sete cabeças e na [web/lock] atuamos exatamente para simplificar a web3 e mostrar que ela está mais próxima do que imaginamos.
Começo por ela, a web3, que é como uma nova fase da internet e propõe um ambiente 3.0, mais atual, mais seguro e descentralizado por meio de blockchain.
Já a blockchain, que surgiu no final da década de 1990 e vem possibilitando uma série de novas tecnologias a partir dela, é uma rede descentralizada que funciona como um grande banco de dados para armazenar informações de forma totalmente segura, imutável e rastreável.
Nessa rede são criados os tokens e o NFT (token não fungível), que é um identificador único criado na blockchain e funciona como um certificado que garante a autenticidade de um ativo.
Esse processo de digitalizar um ativo, seja ele digital ou físico, é chamado de tokenização.
Agora que temos a explicação técnica dos termos, vamos à explicação de como é que isso está na sua rotina. Muitos segmentos já estão aplicando blockchain em seus processos e tokenizando ativos.
Seja uma indústria, que pode tokenizar sua produção de ponta a ponta e rastrear todas as informações da fábrica, seja uma empresa, uma galeria de arte ou uma loja de artigos de luxo, que podem certificar e rastrear seus produtos para garantir a autenticidade das peças e rastreabilidade do ativo.
O token é um ativo permanente e oferece inúmeros benefícios se comparado aos certificados comuns de papel, por exemplo, que podem se perder e muitas vezes não há a possibilidade de criar uma cópia.
Também há a aplicação em eventos esportivos em que é possível tokenizar os ingressos e acabar com o comércio ilegal, entre outros tipos de uso em diversos segmentos.
Os setores que já usam a tokenização costumam dizer que é um caminho sem volta. É como descobrir a rede social e nunca mais utilizá-la, descobrir uma ferramenta de mensagens e voltar à comunicação de cinco anos atrás.
É uma ferramenta que quando implementada pela primeira vez, dificilmente se prefere o processo anterior. É algo imprescindível a partir do momento em que se descobre essa funcionalidade.
Tudo isso porque ela torna tudo mais inteligente, seguro, imutável e rastreável. E o melhor: não precisa ser difícil! Para o consumidor, é a facilidade e a segurança de ter certificados de autenticidade de seus produtos ou serviços.
Para as empresas, é contar com uma tecnologia avançada sem precisar criar grandes equipes e dedicar esforços para esse processo – há empresas especializadas em tokenizar ativos dos mais variados setores.
Com o token, é possível saber quem o emitiu, quem recebeu, por onde passou, entre diversas outras informações registradas, o que torna o caminho de um ativo transparente, autêntico e à prova de fraude.
E, de repente, quando se entende a aplicação da tecnologia, o que antes assustava ou parecia um bicho de sete cabeças, se transforma na solução essencial para diversos entraves do consumo. E você, vai acompanhar a web3 ou prefere ficar esperando a próxima revolução?
Sobre o autor
Daniel Peres Chor, natural do Rio de Janeiro, iniciou sua carreira aos 15 anos no mercado de varejo até chegar a posição de Diretor de Marketing, Inovação & Negócios Digitais do grupo Multiplan.Com sua bagagem em varejo, estratégias digitais e inovação, resolveu empreender no setor de tecnologia e tem atuado com blockchain, tokenização e NFTs para indústrias diversas simplificando a web3 para o mercado. É co-fundador da Tropix, Lifely e Osiris e lidera a [web/lock], de tokenização de ativos, como founder e CEO.
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