O mercado de criptoativos cresce no Brasil, e os cuidados básicos na hora de investir são necessários para proteger os seus recursos
O mercado de criptomoedas no Brasil passou por uma verdadeira revolução nos últimos anos. Entre 2020 e 2024 os brasileiros movimentaram mais de R$ 505 bilhões em criptoativos, colocando o país como líder absoluto na América Latina, segundo a consultoria Chainanalysis.
A Receita Federal apontou dezembro de 2024 como o mês de maior volume da história dos ativos digitais, com R$ 52 bilhões declarados em operações. De um lado, estes números evidenciam a popularidade crescente deste perfil de investimento, mas, por outro, há uma preocupação com o aumento de golpes.
A Chainanalysis estima que, em 2024, cerca de US$ 51,3 bilhões foram decorrentes de fraudes ou golpes no ecossistema digital. O número chama a atenção pelo seu volume, mas, na realidade, ele representa apenas 0,14% do volume total movimentado no período.

“À medida que o mercado de criptoativos se fortalece, crescem também as fraudes. Isso exige muita atenção de nossa parte, mas também dos próprios clientes. O que podemos dizer é que o ecossistema é seguro e eficiente, mas os clientes precisam estar atentos, porque o fator humano segue sendo a base dos golpes”, afirma Cleverson Pereira, head educacional da OnilX, empresa que transforma ativos digitais em liquidez para pagamentos e transações. O crescimento do mercado é uma oportunidade, mas que requer cautela. “Investir em conhecimento e segurança digital é tão importante quanto nos próprios ativos”, destaca Pereira.
Como se proteger
Um relatório do FBI mostrou que houve US$ 5,8 bilhões em perdas nos Estados Unidos em 2024 relacionadas aos criptoativos. O número representa um crescimento de 29% no volume de queixas e 47% no total de perdas registradas. O documento assume um caráter pedagógico ao listar os tipos mais comuns de crimes dentro dos ativos digitais.
O primeiro deles se enquadra como “investimento”: trata-se de fazer um aporte para uma empresa fraudulenta ou que não existe. “Antes de fazer qualquer investimento na área de ativos digitais, o investidor deve buscar mais informações sobre a empresa e, em hipótese alguma, confiar em promessas de ganhos garantidos acima das margens de mercado”, diz Pereira.
O segundo golpe mais comum envolve o vazamento de dados pessoais. Ele ocorre quando os criminosos conseguem ter acesso as contas dos clientes e fazer movimentações fraudulentas. “É preciso estar atento a mensagens enviadas por e-mail ou mesmo outros canais, protegendo-se para que estas informações não sejam capturadas pelos cibercriminosos”, explica o head educacional da OnilX.
Crimes antigos e notórios, como o phishing – cria uma sensação de urgência ou confiança em uma mensagem, que pode ser de e-mail, Whatsapp e até uma chamada telefônica em casos mais amplos – e o sequestro de dados – ransomware –, ainda acontecem com frequência. “É isso o que chamamos de fator humano: o sistema pode ser seguro, mas, se as pessoas darem acesso aos criminosos, não há o que fazer”, analisa Pereira.
Um terceiro golpe adotado pelos cibercriminosos e reportado pelo FBI é fingir ser do suporte das empresas. Dessa forma, eles simulam um atendimento e conseguem obter dados de acesso às contas para fazer movimentações fraudulentas.
10 dicas para se proteger
Nesse cenário, o head educacional da OnilX reuniu 10 dicas práticas para que investidores evitem fraudes no mercado de ativos digitais e protejam seus recursos.
- Use apenas aplicativos e sites oficiais – Baixe plataformas apenas das lojas oficiais (Google Play ou App Store).
- Desconfie de ofertas boas demais – Promessas de lucros fáceis e rápidos quase sempre são golpes.
- Ative a verificação em duas etapas/fatores – Um passo simples que aumenta muito a segurança da sua conta.
- Nunca compartilhe suas senhas ou códigos – Nem com “atendentes” de suporte ou por ligações que se passem pela corretora e seus profissionais.
- Prefira carteiras digitais confiáveis – Se possível, armazene suas moedas em carteiras próprias, fora das corretoras.
- Cheque sempre o endereço do site – Golpistas criam páginas falsas muito parecidas com as originais. Olhe com atenção antes de clicar.
- Não clique em links recebidos por e-mail ou WhatsApp – Prefira acessar os sites digitando o endereço diretamente no navegador.
- Monitore suas transações – Acompanhar com frequência ajuda a identificar qualquer movimentação estranha rapidamente.
- Comece com valores pequenos – Se você está iniciando, invista pouco até ganhar confiança e entender a plataforma.
- Informe-se antes de investir – Procure conteúdos educativos, notícias em portais confiáveis e desconfie de dicas milagrosas em redes sociais.
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