Após os ataques terroristas que aconteceram em Paris, na última sexta 13, uma guerra virtual começou entre o Estado Islâmico e o grupo de Hackers Anonymous.
A principal estratégia do grupo Anonymous parece mesmo ser desarticular a comunicação e a propaganda do Estado Islâmico. Nesta terça-feira, 17, os hackers anunciaram ter conseguido derrubar mais de 5.500 contas do Twitter ligadas à organização terrorista, à qual declararam guerra um dia antes.
“Nossa capacidade de derrubar o EI é um resultado direto de nossos sofisticados hackers, mineradores de dados e espiões que temos em todo o mundo”, disse Alex Poucher, porta-voz do Anonymous, à agência de notícias russa RT. “Eles nao têm hackers como os nossos”.
De acordo com ele, o grupo Anonymous possui agentes “muito, muito próximos” ao Estado Islâmico em campo, e que tem acesso a ferramentas eletrônicas que “podem ser melhores que as ferramentas de qualquer governo” para combater os terroristas pela internet.
Segundo um relatório da organização Foreign Policy, só neste ano, hackers do Anonymous já tiraram do ar cerca de 150 páginas da web ligadas ao Estado Islâmico. Além disso, o grupo denunciou também cerca de 100 mil perfis no Twitter, aguardando resposta da rede social.
“Idiotas”: Estado Islâmico responde à ameaça de guerra do Anonymous
O Estado Islâmico na sua vez respondeu a ameaças feitas pelo grupo de ativistas hackers conhecido como Anonymous. De acordo com o Business Insider, a resposta veio por meio de um canal do aplicativo Telegram supostamente afiliado à facção radical.
A mensagem dizia: “Os hackers #Anonymous ameaçaram em um novo vídeo levar a cabo uma gigantesca operação hacker contra o Estado Islâmico (idiotas)”. Em seguida, a facção pergunta “O que é que eles vão hackear?”.
Até agora, apenas contas do Twitter e e-mails supostamente afiliados ao Estado Islâmico foram hackeados pelo Anonymous. No entanto, segundo um especialista ouvido pelo Olhar Digital, esse pode ser um dos principais planos de ação do Anonymous.
Em seguida, o grupo extremista oferecia instruções básicas para evitar ataques em potencial: não abrir links de origens incertas, mudar de endereço de IP constantemente e não conversar com desconhecidos por meio do Telegram ou das mensagens diretas do Twitter. A mensagem foi enviada tanto em árabe quanto em inglês, e foi veiculada depois por outros canais do Telegram supostamente ligados ao Estado Islâmico.