A segurança dos dados além do ciberataque
Por Mário Rachid
Os dados são um dos ativos mais valiosos de uma organização. Com a análise e o cruzamento dessas milhares de informações é possível tomar as decisões mais adequadas em prol do crescimento das empresas. O aumento vertiginoso de dados gerados pelos negócios os tornam peças centrais no desenvolvimento das companhias e, portanto, protegê-los é imperativo.
Apesar dos ciberataques terem recebido uma grande atenção das organizações no último ano em função dos megaeventos ocorridos que desestabilizaram empresas em todo o mundo, essa é apenas uma das preocupações que as empresas devem ter em relação à infraestrutura de TI. Catástrofes naturais, como enchentes e desmoronamentos de estrutura, e falhas como quedas de energia, incêndios e erros humanos podem gerar as mesmas consequências que um ataque cibernético, por exemplo, a paralização das operações.
Estimativas do Gartner indicam que cerca de US$ 20 bilhões serão investidos na terceirização de TI em 2018. Essas cifras mostram a importância da digitalização para as empresas e demonstram que alta disponibilidade deverá ser cada vez mais um ponto de atenção. Com isso, soluções de contingência e que protejam os dados, como as de Disaster Recovery, devem despertar a atenção das companhias em um volume muito maior do que era estimado há alguns anos.
Com as soluções de Disaster Recovery é possível restabelecer rapidamente o funcionamento dos sistemas e acesso aos dados, mesmo diante de falhas e desastres. Uma grande instituição financeira viu-se em apuros recentemente após uma queda de energia em um dos seus centros de dados, que fez com que milhares de consumidores ficassem impedidos de utilizar seus serviços bancários, uma vez que todas as plataformas da organização ficaram fora do ar. Em outra ocorrência recente, o incêndio em um provedor de Data Center resultou em grande impacto nacional para os clientes, que não conseguiam acessar dados e plataformas. Em ocorrências como essas, os prejuízos para as companhias e seus consumidores, sejam empresas ou pessoas físicas, foram imensuráveis.
Situações como essas prejudicam profundamente a credibilidade das empresas. Em uma era na qual os negócios já nascem digitais e não sobrevivem sem a disponibilidade que somente a tecnologia traz, uma solução de Disaster Recovery é fundamental para reduzir as chances de inatividade das estruturas de TI.
A preocupação com a infraestrutura de TI e as operações deve ser um dos pilares de qualquer organização. A escolha das melhores soluções que, além de eficazes, devem ser escaláveis, acessíveis e feitas exatamente de acordo com as necessidades do seu negócio, é uma alternativa para proteger-se contra eventuais problemas que podem paralisar suas atividades.
Se antes havia receio no aporte de soluções de Disaster Recovery pelo alto valor de investimento, hoje essa realidade mudou. Ofertas já estão disponíveis no modelo ‘como serviço’ (‘as a Service’) e com pagamento conforme o uso, ou seja, paga-se uma taxa mensal para garantia da replicação do ambiente e será cobrado um valor adicional em caso de uso efetivo do ambiente replicado. Com essas facilidades, o número de companhias usuárias de sistemas de Disaster Recovery cresce de forma exponencial.
Adaptar-se ao novo mundo dos negócios conectados exige uma visão 360º de todas as ameaças que a infraestrutura de TI pode ter que enfrentar no dia-a-dia. Empresas que buscam flexibilidade de aperfeiçoamento em suas operações devem investir em soluções que protejam seus dados e atenda às brechas encontradas dentro das organizações. Investir em soluções de Disaster Recovery é garantir a operação da sua companhia.
Crescerão no mercado apenas as empresas que forem capazes de proteger seus dados e sua infraestrutura de qualquer ameaça possível. O sucesso depende de presença digital e paradas não são mais aceitas por clientes que a cada dia estão mais exigentes.
Mário Rachid é Diretor Executivo de Soluções Digitais da Embratel