Antes, para nós executivos, viagens a trabalho, congressos e até reuniões fora da cidade de nosso headquarter, eram sinônimo de dias de ausência.
Por Silnei Kravaski*
Aos poucos o e-mail, o SMS, o próprio advento da banda larga, a videoconferência e, especialmente, a mobilidade, foram mudando este cenário.
A preocupação já não é mais como comunicar-se à distância, mas, sim, assegurar a qualidade e a segurança com que fazemos isso.
Claro que pode ser meio parcial eu, um executivo da área de tecnologia, de uma empresa que apoia outras companhias nesse processo de transformação digital, estar falando isso.
Pode até ser que esse mundo para mim seja menos nebuloso. Mas, no final do dia, meus desafios são os mesmos do que os de qualquer outro executivo.
Tempo perdido no trânsito, entre aeroportos, hotéis e muita decisão para tomar com agilidade. Assim, como todos os demais, eu preciso ser ágil no tempo de minhas respostas e se eu esperar por um ponto de rede para me conectar, lá se foram muitos negócios.
O contato pessoal não precisa ser mais presencial e isso já não é mais novidade. A videoconferência revolucionou nossa vida e isso é fato já conhecido.
Seria essa uma afirmação parcial ou então de alguém que dispõe de uma super sala de telepresença imersiva em cada canto por qual passa? Absolutamente não para os dois casos.
E é aí que eu chego no ponto que queria comentar. O que realmente mudou a minha e a nossa vida é a era da nuvem e do “tudo como serviço”.
O Opex, em vez do Capex, veio para ficar, para facilitar e trazer qualidade na nossa vida, até mesmo no nível pessoal, e principalmente para nos dar um fôlego financeiro.
Não é mais preciso investir em equipamentos caros e locais especiais. Hoje a comunicação por videoconferência pode acontecer em qualquer ambiente, no seu próprio dispositivo móvel.
A modalidade do “tudo como serviço” traz a tecnologia para mais perto, sem deixar nada a desejar em qualidade de audio, vídeo, etc. A experiência é sempre de altíssima qualidade.
E o mais importante, seja qual for o assunto da reunião, os recursos de segurança criptografam imagens e som de modo que fica praticamente impossível a ação de hackers de qualquer espécie.
Se tudo isso é viável, quais os principais empecilhos que esta tecnologia encontra? Este desenvolvimento esbarra sempre na questão da mudança de paradigmas, na mudança da cultura interna das companhias.
A cultura da inovação deve ser um ponto crucial nas discussões corporativas. Se trazemos inovação para os nossos produtos, por que não utilizar da inovação para alcançar mais objetivos?
Não podemos estar presos aos aspectos da TI mais tradicional, é preciso dar lugar ao novo, ao compartilhamento, à democratização do uso das ferramentas e da disseminação de conteúdo relevante. Estas, sim, deveriam ser o foco das preocupações.
É fato que é preciso economizar, mas por outro lado não faz sentido diminuir ainda mais o orçamento destinado ao core business da empresa.
A opção mais viável é por modelos mais flexíveis de negócios, como serviços on demand que atendam as expectativas previstas com qualidade e economia.
A telefonia em nuvem e a videoconferência, por exemplo, descomplicam a comunicação e oferecem às empresas a oportunidade de um upgrade, tanto de tecnologia, pela facilidade e qualidade, quanto pelo amplo acesso.
* Silnei Kravaski é diretor executivo da Planus, empresa com portfólio de serviços dedicado a ajudar as empresas a prepararem-se para as novas demandas da transformação digital.
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