O parlamento britânico foi atingido nesse sábado 24/06 por um ataque cibernético que está impedindo legisladores acessem emails fora de Westminster, disseram políticos e relatos da mídia neste sábado.
O jornal Telegraph disse que os legisladores foram alertados sobre o ataque na sexta-feira e não conseguiram acessar suas contas de email no dia seguinte.
Chris Rennard, membro do partido liberal democrata na Câmara dos Lordes, disse no Twitter:
“Ataque de segurança cibernética contra Westminster, os emails parlamentares podem não funcionar remotamente”.
A Câmara Baixa do Parlamento afirmou que está trabalhando juntamente com o Centro Nacional de Segurança Cibernética para defender a rede, acrescentando que acredita ter conseguido proteger todas as contas e sistemas atacados.
O que circula em vários veículos de comunicação internacionais é que o governo russo é suspeito de estar por trás desse ciberataque ao parlamento britânico.
A rede que foi alvo do ciberataque é usada não só por todos os deputados como pela atual chefe do governo, Theresa May e pelos seus ministros para relacionamento entre si e com seus eleitores.
Estas informações foram divulgadas após as autoridades terem revelado os primeiros pormenores sobre o ciberataque “sustentado” que teve início no final da semana passada, com um porta-voz de Westminster que relatou que menos de 90 contas de email de parlamentares teriam sido invadidas, aquelas com senhas mais fracas.
Apesar de a investigação estar ainda em curso os serviços de segurança britânicos acreditam que é mais provável que o ciberataque tenha sido executado por um Estado e não por um pequeno grupo de hackers a título individual e o executivo de Vladimir Putin é tido como o responsável mais provável, segundo matéria publicada hoje no “The Guardian”.
Outros países além da Rússia poderiam ter conduzido o ataque como a Coreia do Norte, a China ou o Irão.
“Foi um ataque de força bruta e parece ter sido patrocinado por um Estado”, diz uma fonte oficial citada pelo “The Guardian”.
“A natureza do ciberataque faz com que seja notoriamente difícil atribuir o incidente a um ator específico.”
O Centro Nacional de Cibersegurança (NCSC) do Reino Unido, que também conduzem as investigação sobre o malware WannaCry, apurou que esse ataque foi conduzido por uma equipe de hackers patrocinados pela Coreia do Norte, está agora também a frente das investigações sobre o que aconteceu este fim-de-semana em Westminster.
Com informações da Reuters e The Guardian.