Sacar dinheiro no caixa eletrônico não deveria ser uma grande preocupação quando o cartão é seguro e nossa senha não é compartilhada. Porém, contar com tecnologia que aumenta a segurança de nossas finanças nunca é demais e, bancos em diversos países da América Latina já perceberam isso e buscam tornar as transações em caixas eletrônicos mais seguras com o uso de biometria.
Por Gustavo Gassmann*
O Brasil é um bom exemplo, pois a tecnologia biométrica já é amplamente utilizada pelas instituições financeiras, como a Caixa Econômica Federal, que atualmente conta com 3.500 caixas eletrônicos com biometria.
Principalmente para o uso do Programa Bolsa Família, incentivo de apoio a famílias carentes, em que retiram sua quantia uma vez por mês nos caixas eletrônicos. A maioria desses usuários não possui conta bancária e, muitas vezes, esquecem suas senhas, por isso a instalação de leitores de impressão digital é a alternativa mais apropriada: agora, os beneficiados apenas tocam no leitor com o dedo para autenticar sua identidade e receber sua quantia.
O mercado brasileiro está bastante avançado no uso de dispositivos biométricos, principalmente no setor financeiro, em que dos 190 mil caixas eletrônicos espalhados pelo país, 90 mil contam com sensores biométricos.
Além disso, a opinião geral é de que a biometria é uma forma eficiente e conveniente de reduzir fraudes, além de os usuários confiarem no funcionamento da tecnologia e de que suas informações estão seguras.
Sabe-se que os bancos direcionam muitos esforços para manter os dados financeiros de seus clientes seguros, inclusive, 70% dos bancos no mundo têm investido em aumentar a proteção de seus caixas eletrônicos, e uma forma eficaz para isso é o uso da tecnologia biométrica.
Vivemos em um mundo complexo em que precisamos memorizar senhas e carregar diversos cartões, o que pode resultar em um peso para o nosso dia a dia. No entanto, a autenticação biométrica permite que os usuários não precisem memorizar nada, supera barreiras de linguagem e alfabetização e dificulta o roubo de identidade, pois todos carregam suas impressões digitais consigo o tempo todo.
Por fim, embora na América do Norte e Europa considere-se o uso de impressão digital para autenticação uma invasão de privacidade, com o risco latente de clonagem de cartões e roubo de informações bancárias, a tecnologia biométrica oferece um nível de segurança considerável, e na América Latina estamos entendendo que é uma forma conveniente e segura de proteger nossos dados, nossas finanças e, inclusive, nossa privacidade.
Gustavo Gassmann é diretor de Vendas da HID Global no Brasil
Fonte: Decision Report