O Brasil continua exportando equipamentos de segurança da informação de altíssima tecnologia, enquanto especialistas de todos os níveis afirmam com certa frequência que o país não tem as soluções de ponta e por isso as importa.
Uma das exportações mais recentes é da Kryptus, de Campinas (SP): ela comercializou módulos de segurança criptográficos (hardware security modles ou HSMs) para a Arábia Saudita, depois de já ter ganho mercados na Finlândia e na Venezuela.
Roberto Gallo, o diretor-executivo e cientista chefe da Kryptus, disse ao Cibersecurity: “Isso é uma demonstração clara das capacidades tecnológicas que estão no Brasil — e mostra também um cenário inusitado: uma empresa nacional exportando equipamento de TI para
mercados mais competitivos.
Do nosso ponto de vista, isso só é possível porque temos um mote interno que é o seguinte: tecnologia nacional com qualidade internacional”. Vários motivos, segundo Gallo, foram listados pelos clientes para a escolha da Kryptus como fornecedor da solução de segurança: “Esses motivos são desde o desempenho e funcionalidade até o fato de o Brasil não ser membro da OTAN, o que torna nossas soluções mais confiáveis ponto de vista de vários mercados”.
Como a OTAN é liderada pelos Estados Unidos, os equipamentos de segurança fabricados nos países-membros estão sujeitos a um certo grau de desconfiança, desde que Edward Snowden denunciou as operações internacionais de espionagem da NSA.
O HSM permite a criação e o armazenamento de chaves criptográficas em um ambiente seguro, protegendo-as contra ataques lógicos e físicos. A versão SE (Secure Execution) também permite o armazenamento e execução segura de aplicativos do usuário dentro do equipamento, segundo informações da Kryptus.
A empresa é uma das poucas brasileiras classificadas pelo governo como “Empresa Estratégica de Defesa” e eleita [nomeada] pelo Gartner como “Cool Vendor Brazil 2014″; já em 2007 foi a pioneira na área de semicondutores para aplicações criptográficas no país com o primeiro processador-acelerador AES (Advanced Encryption Standard) do mercado brasileiro.
Fonte: Paulo Brito em 23/08/2014 em Ciberdefesa
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