Estudo da Arizton Advisory & Intelligence mostra que o mercado de data centers na América Latina deve ultrapassar a marca de US$ 7,8 bilhões
Por Ricardo Perdigão
Um estudo da Arizton Advisory & Intelligence mostra que o mercado de data centers na América Latina deve ultrapassar a marca de US$ 7,8 bilhões até 2026, com uma CAGR (taxa de crescimento anual composta) de 7,6%. O Brasil lidera esses investimentos, sendo responsável por 40% deles.
O relatório também aponta que a construção modular deve adicionar investimentos significativos ao mercado durante o período de previsão. Isso porque a infraestrutura modular é energeticamente eficiente e foi projetada para sustentar alta densidade de rack.
A despesa para executar um centro de informações modular é cerca de 30% menor do que as instalações tradicionais de tijolo e argamassa. Portanto, espera-se que a demanda por infraestrutura modular aumente.
Em termos de segurança física, a publicação indica que a adoção de câmeras de segurança e sistemas de controle de acesso para monitoramento 24 horas por dia, 7 dias por semana, está crescendo em toda a América Latina.
O uso de soluções de vigilância baseadas em infraestrutura também é alto no mercado. O relatório prevê que o monitoramento integrado de instalações também cresça durante o período.
Outras tendências que a publicação aponta são os sistemas UPS e grupos geradores com redundância N+N ou 2N; e implantações de sistemas de resfriamento evaporativo que devem crescer no Chile, Brasil e Colômbia.
Brasil
Não é à toa que o Brasil esteja a frente. Uma lista feita pela Data Center Magazine, com os dez principais mercados em ascensão, São Paulo ficou em quinto lugar. O Brasil foi o único país da América Latina a entrar no ranking.
Um dos fatores que está impulsionando os investimentos é a transformação digital das empresas, que buscam maior eficiência operacional.
Com um data center moderno e robusto à disposição, as organizações podem transformar sua operação, entregando verdadeiros benefícios ao negócio.
Além disso, a chegada do 5G, os investimentos em mais espaço de armazenamento de dados irão crescer consideravelmente, pois deve aumentar ainda mais o tráfego de dados gerado pela Internet das Coisas (IoT), realidades virtual e aumentada, Machine Learning (ML), Metaverso, Big Data, entre muitas outras tecnologias.
O Brasil é o mais populoso da América Latina e atualmente uma das principais economias do mundo. Segundo o ranking da Austin Rating, o país saiu da 13ª posição no 4º trimestre de 2021 para a 10ª em março de 2022, ultrapassando países como Rússia, Coreia do Sul e Austrália.
Esse cenário também impulsiona os investimentos, deixando-o a frente dos demais países da região latino-americana.
Outro ponto positivo para o Brasil é sua natureza geomorfológica e geológica, que possui baixo risco de desastres naturais se comparado a outros países latino-americanos.
O país também possui uma grande extensão territorial, sendo bem conectado por meio de cabos submarinos, interligando-se a outros países da região, dos Estados Unidos, Europa e África.
Essa crescente adesão de empresas ao Data Center no Brasil reflete a importância da infraestrutura de TI para as operações comerciais e a economia em geral.
Nesse sentido esse nicho deve continuar a evoluir com foco cada vez maior em segurança, eficiência e sustentabilidade.
A demanda por armazenamento de dados só irá aumentar e os data centers continuarão se expandindo na mesma proporção.
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