Isso faz com que os gestores e líderes customizem o uso da nuvem para os momentos que realmente for necessário
Por Thiago Campaz
O conceito de transformação digital tem sido pauta para as companhias nos últimos anos, principalmente depois da pandemia de Covid-19, que obrigou as empresas a migrarem para o ambiente digital e a tecnologia passou a ser fator imprescindível nos negócios.
Mas, dentre todas as inovações existentes, a tecnologia em nuvem se destacou e tende a crescer nos próximos anos.
Isso vem acontecendo devido a dois motivos: aumento dos ataques cibernéticos, uma vez que ela ajuda a proteger os dados e a necessidade de redução de custos.
De acordo com estudo feito pela Gartner, consultoria mundialmente reconhecida por seu vasto conhecimento na facilitação da tomada de decisão, a tecnologia em nuvem está entre as 10 principais tendências para 2023.
Além disso, a pesquisa aponta que mais de 50% das empresas vão utilizar essas soluções para aprimorar os seus negócios até 2027.
Já segundo a International Data Corporation (IDC), líder em inteligência de mercado, serviços de consultoria e eventos para os mercados de Tecnologia da Informação, Telecomunicações e Tecnologia de Consumo, o valor a ser gasto com esses serviços vão ultrapassar US$1 trilhão em 2024.
Outro dado importante é com relação ao aumento do número de ataques cibernéticos que tem acarretado todo esse crescimento.
Segundo o Índice Global de Proteção de Dados (GDPI), feito pela Dell Technologies, 86% das companhias do mundo contabilizaram ataques hacker em 2022.
Dentre os fatores que influenciam as empresas a adotarem as soluções em nuvem está a possibilidade de reduzir os custos da área de TI. De acordo com a TIVIT, multinacional brasileira e one stop shop de tecnologia, a economia desses gastos pode chegar a 40%.
Isso acontece porque o custo de ter uma infraestrutura in-house envolve uma série de gastos altos com hardwares, servidores, equipamentos, mão de obra especializada, além de custos indiretos como manutenção de computadores e energia elétrica, que são driblados com a adoção das tecnologias em nuvem.
Mas, para que elas consigam de fato trazer economia para os negócios, é preciso checar o espaço necessário para armazenar todas as informações e conteúdo da empresa; entender quanto isso iria custar; e avaliar a possibilidade de efetuar modernizações em todo o sistema.
Além disso, o ponto mais importante que vai garantir redução dos custos é com relação a análise dos horários e dias que a demanda é muito maior.
Isso faz com que os gestores e líderes customizem o uso da nuvem para os momentos que realmente for necessário, tornando este processo personalizado e customizado.
Levando em consideração que essa tecnologia pode ser aplicada em diferentes áreas da companhia, quando nos referimos ao departamento financeiro, podemos destacar que o uso dessa ferramenta faz com que os gestores consigam ter acesso a todas as informações em tempo real.
Isso aumenta o controle sobre todos os gastos e assim, os líderes da área financeira e de TI podem trabalhar juntos para balancear a operação e os gastos, evitando excedentes e trazendo vantagens para a companhia.
Por fim, concluo que todos os setores de uma empresa devem trabalhar juntos e discutir estratégias pertinentes para cada um. Isso traz vantagens significativas para todos os colaboradores e a medida que os gastos são aplicados de forma inteligente, todas as áreas são beneficiadas.
Sobre o autor
Thiago Campaz, é CEO e co-fundador do VExpenses. Trabalhou por 6 anos assessorando grandes empresas do agronegócio na otimização de suas estruturas de capital, em processos de estruturação de dívida, acesso a mercado de capitais e fusões. Participou da captação de mais de R$ 1bi em financiamentos.
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