Nos dias de hoje, privacidade e segurança são elementos primordiais, tanto para os clientes quanto para as instituições financeiras
Por Bruno Loiola
Muitos de nossos dados, como nossas transações eletrônicas e financeiras, agora são base para tomada de decisões em empresas, transformando-se em insights importantes que dão previsibilidade ao mercado e serviços personalizados.
No entanto, nas últimas duas décadas, a coleta desses foi feita de maneira anuviada e intrincada pelas empresas, que continham-os em segredo.
O uso crescente, indiscriminado e comercial desses dados pessoais de modo selvagem nas últimas duas décadas fez com que o fornecedor desses se tornasse mais desconfiado e chamou a atenção de entidades governamentais.
Nos dias de hoje, privacidade e segurança são elementos primordiais, tanto para os clientes quanto para as instituições financeiras. Precisa-se, mais do que nunca, adotar protocolos de segurança efetivos, com tecnologia de ponta.
Ao menor sinal do risco de um acesso não autorizado, pode-se desencadear um dano com consequências sólidas. E isso, como dito, afeta a confiança dos consumidores em relação ao compartilhamento de informações.
A implementação da LGPD, Lei Geral de Proteção de Dados, vem justamente para trazer mais segurança para a população. Com a sua vigência, as soluções tecnológicas passam a ser mais transparentes com os usuários, e o consentimento se torna primordial para o transicionamento de dados, além de exigir as melhores práticas de todos os envolvidos.
Agora, os dados não são mais um recurso a ser coletado de maneira livre, mas são tratados ao redor do mundo como um bem pessoal de propriedade individual de seu fornecedor, que, caso deseje compartilhá-los, deve ter a confiança de que estão sendo armazenados de maneira correta pela empresa que o contém.
Dar ao proprietário do dado esse controle tende a controlar excessos vindos de instituições e marca um novo momento no mercado, no qual as inovações que tangem a dados são mais focadas no bem-estar dos clientes, além de ocasionar uma readaptação por meio das empresas a moverem suas operações de dados em torno do consentimento, percepção e fluxo.
A economia digital se baseia em dados e, portanto, os avanços tecnológicos criaram certa tensão e desconformidade entre essa premissa e o direito à privacidade.
Quando falamos em inteligência artificial, por exemplo, estamos observando um avanço tecnológico que somente pode continuar a se desenvolver aprendendo com a análise de dados, de modo que com uma totalidade desses, quando suficientes, tornam-a apta a tomar decisões sem interferência humana. E não apenas. Atualmente Big Data e informações privadas são usadas na cura de doenças, gestão de tráfego para reduzir a poluição e muitos outros usos.
Outro ponto importante é o quão comprometidos em proteger seus próprios dados estão os usuários. Muitos nem mesmo lêem os termos de privacidade e segurança, o que nos leva a refletir sobre o Paradoxo da Privacidade.
Esse paradoxo diz respeito à dicotomia entre as intenções de uma pessoa de proteger sua privacidade online versus como ela realmente se comporta online e, como resultado, compromete sua privacidade.
Como exemplo comum desse tema, temos pessoas que cedem uma totalidade de dados, sem ao menos refletir sobre eles, quando se trata de um benefício de um produto ou serviço que desejam.
Ao mesmo tempo, o surgimento de inovações tecnológicas traz novas ameaças. Quando falamos da lista dos maiores riscos para as empresas em 2022, no topo estão os ataques cibernéticos. O dado é do Barômetro de Riscos, feito pela Allianz com 2.650 especialistas em todo mundo.
O surpreendente é que, pela segunda vez na história, ele supera os riscos ligados à própria pandemia. Outro dado importante para a discussão é o da BugHunt. Segundo a plataforma, uma a cada quatro empresas sofreu algum tipo de ataque virtual no último semestre de 2021.
Novas leis de privacidade na Europa e na Califórnia estão avançando nesse debate, e tecnologias estão sendo desenvolvidas para ajudar os indivíduos a proteger melhor sua privacidade.
A privacidade não está morta. Com os avanços tecnológicos, ela vem sendo cada vez mais debatida enquanto um direito básico a ser protegido.
Na Pluggy, empregamos técnicas avançadas de proteção e segurança de dados para preservar cada uma das informações. Para isto, utilizamos uma combinação do Padrão de Criptografia Avançada (AES 256) e uma Camada de Segurança de Transporte (TLS).
E também adotamos o conceito de Privacy by Design, incorporando a privacidade e proteção de dados no início de todos os projetos e desenvolvimentos da Pluggy. Desta forma, mantemos os dados muito mais seguros, provendo uma infraestrutura em linha com os mais altos padrões do mercado.
Vejo que ainda há muito a ser feito. Um claro exemplo disso são os diversos casos de ataques que surgiram só nos primeiros meses deste ano. As soluções precisam ser pensadas com o mais alto padrão de criptografia e camadas de segurança que garantam proteção aos usuários.
Temos muitas possibilidades que podem ser exploradas com o Open Finance, mas para conseguirmos alcançá-las precisamos garantir que o usuário não será vítima de vazamentos e outros tipos de ataques. Temos um longo caminho pela frente e não podemos ignorar a importância da privacidade e da segurança. Só assim poderemos explorar as possibilidades que o sistema financeiro aberto trará.
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