Nasce o maior grupo de AI + Cibersegurança da América Latina
A CyberLabs, startup brasileira de inteligência artificial (IA), e a PSafe, desenvolvedora nacional de soluções de segurança, performance e privacidade, acabam de anunciar uma fusão
A transação foi apoiada pela Redpoint eventures, que em agosto de 2020 liderou uma rodada de investimentos de R$ 28 milhões na CyberLabs.
A empresa de capital de risco é investidora da PSafe desde 2013.
A CyberLabs desenvolve e implementa produtos baseados em IA e uma de suas principais soluções é o KeyApp, uma ferramenta que permite o acesso aos estabelecimentos por reconhecimento facial ou QR code, sem contacto físico. A PSafe foi a responsável por identificar o maior vazamento de dados da população brasileira, que comprometeu mais de 223 milhões de informações que estavam sendo vendidas na deep web. Na última semana, a empresa anunciou outra atividade criminosa, desta vez relacionada a informações de 100 milhões de contas de telefones celulares.
Um dos principais objetivos do Grupo CyberLabs é expandir sua presença no segmento B2B, principalmente no mercado brasileiro, ao promover a democratização e ampliação da segurança cibernética no país e utilizar a inteligência artificial para criar vantagem competitiva.
“O Brasil está entre as dez maiores economias do mundo, mas ocupa a penúltima posição no ranking global de detecção de ameaças, à frente apenas da Turquia. Um vazamento de dados no Brasil leva, em média, 46 dias para ser identificado, o que é um período inaceitável. Há muito a ser feito no país e, com a fusão, temos tecnologias de ponta suficientes para evoluir dez anos de conhecimento em apenas um ano”, afirma o presidente do Grupo CyberLabs, Marco DeMello.
A aposta do Grupo CyberLabs está principalmente no segmento de pequenas e médias empresas, em função de sua expansão nos últimos tempos e por ter sido um dos principais alvos de cibercriminosos.
Devido ao crescimento do número de ataques cibernéticos e vazamentos de dados corporativos nos últimos meses, observou-se um movimento dessas empresas em busca de prevenção e proteção. Esse cenário no Brasil foi agravado pela pandemia de Covid-19 e pela adoção de medidas de isolamento social, que levaram as organizações a acelerarem suas jornadas de transformação digital no último ano e a expandir sua presença virtual. Isso criou um cenário atraente para o crime cibernético.
“Vamos disponibilizar o que há de mais moderno em inteligência artificial para ajudar as empresas brasileiras a se protegerem na internet”, afirma Marcelo Sales, CEO do Grupo.
“Vivemos uma pandemia digital e como as pequenas e médias empresas não têm estruturas ou recursos suficientes, cada colaborador remoto torna-se um ponto adicional de vulnerabilidade.” DeMello acrescenta que um único dispositivo desprotegido é o suficiente para que um golpe seja bem-sucedido. “Só em 2020, mais de 600 milhões de URLs maliciosas foram detectadas no Brasil e um ataque é registrado a cada 16 segundos. É inaceitável uma batalha na qual os hackers usam inteligência artificial em seus golpes e as empresas lutam sem as mesmas armas. É preciso estar cada vez mais preparado para se defender adequadamente.”
Os executivos também ressaltam que o cenário brasileiro é favorável aos planos do grupo graças à recente aprovação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que estabelece regras sobre coleta, armazenamento, tratamento e compartilhamento de informações, impondo pesadas penalidades às empresas que não seguirem a regulamentação.
A estratégia do grupo é disponibilizar ainda mais produtos baseados em IA, principalmente o dfndr enterprise. Essa tecnologia monitora a deep web – parte da web que não é indexada por mecanismos de busca e escondida do público – 24 horas por dia, sete dias por semana, e oferece proteção preditiva e proativa para empresas de todos os portes.
Fonte: Com informações da Forbes Brasil
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