Data centers falham com mais frequência e o CEO da Penso Tecnologia destaca a importância da resiliência de dados como estratégia de negócio
No dia 31 de março de 2025, um incêndio atingiu parte do data center SP4 da Equinix, no Brasil, deixando empresas e especialistas em alerta. Responsável por cerca de 25% do mercado mundial de data centers, a Equinix viu suas operações parcialmente paralisadas enquanto as causas do incidente ainda são investigadas.
O caso expõe um ponto muitas vezes negligenciado: mesmo na era da computação em nuvem, data centers falham.
Para muitas organizações, a nuvem representa uma promessa de segurança absoluta. No entanto, essa percepção ignora um fato básico: a infraestrutura física por trás da cloud continua sujeita a riscos como falhas elétricas, incêndios e desastres naturais.
Em 2023, a Ativy foi vítima de um ransomware que resultou em perda irreversível de dados. Dois anos antes, o data center da OVH, na Europa, também pegou fogo, gerando o mesmo tipo de impacto. Situações como essas mostram que, por trás da aparente estabilidade digital, há um mundo físico vulnerável.
Segundo o relatório “Annual Outage Analysis 2024″, do Uptime Institute, 55% dos data centers no mundo enfrentaram algum tipo de paralisação nos últimos três anos. A maioria desses incidentes não chega ao noticiário, mas os impactos, muitas vezes silenciosos, afetam profundamente a operação das empresas.
Para Thiago Madeira de Lima, CEO e fundador da Penso Tecnologia, confiar exclusivamente em um único provedor de nuvem é uma aposta arriscada. “É como construir um castelo de cartas: basta um ponto de falha para tudo desmoronar”, afirma.
O problema se agrava quando empresas assumem que os grandes provedores são responsáveis por todas as camadas de segurança dos dados. No modelo de responsabilidade compartilhada, adotado por gigantes como AWS e Microsoft Azure, o cliente é quem responde pela proteção, backup e redundância das informações.
“Muita gente não sabe que, se não contratar esses serviços de forma adicional, pode estar vulnerável a perdas irreparáveis”, alerta Thiago.
Em um mundo onde uma falha tecnológica pode significar a paralisação total do negócio, a resiliência de dados ganha status de prioridade estratégica. Imagine sua empresa operando por dias sem acesso ao sistema principal, sem emitir notas fiscais ou sequer receber e-mails.
Esse tipo de situação, além de comprometer a produtividade, pode afetar a reputação e a confiança dos clientes e parceiros.
A boa notícia é que o mercado tem amadurecido. Cada vez mais empresas compreendem que a tecnologia não é apenas um suporte operacional, mas o próprio coração do negócio. E, por isso, soluções como backup off-site, replicação entre provedores distintos e o DRaaS (Disaster Recovery as a Service) vêm sendo adotadas como práticas indispensáveis de segurança.
“Na Penso, temos visto um movimento crescente de grandes corporações em busca de estratégias robustas para garantir a continuidade das operações. Resiliência de dados deixou de ser uma despesa de TI para se tornar uma escolha essencial de governança e sustentabilidade empresarial”, reforça Thiago Madeira de Lima, que atua há mais de 30 anos com tecnologia e segurança da informação.
Sobre a Penso
A Penso atua com excelência há mais de 20 anos, conta com mais de 250 colaboradores e atende a mais de 1600 empresas que necessitam de alta confiabilidade com soluções mundialmente reconhecidas de segurança, backup, suporte, cloud e e-mail e colaboração. A empresa possui infraestrutura cloud em cinco data centers Tier III no Brasil, repositórios de armazenamento S3 de alta capacidade.
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