Setores como telecomunicações, seguradoras e varejo são exemplos práticos da digitalização de operações no dia a dia
Os avanços da transformação digital têm levado cada vez mais empresas a aderirem ao uso da digitalização. Como prova disso, de acordo com um estudo da IDC, o Brasil registrou, só em 2022, um crescimento de 12,9% nos gastos com TI.
Os dados apontam o amplo entendimento da atual realidade vivida pelas organizações e evidenciam aquilo que sempre é destacado: este é um caminho sem volta.
De forma geral, o mercado compreendeu a importância do investimento em tecnologia. Neste aspecto, setores como telecomunicações, seguradoras e varejo são exemplos práticos da utilização da tecnologia no dia a dia, digitalizando suas operações para garantir maior eficiência na prestação de serviços, expansão, desempenho e competitividade.
Tendo em vista esse cenário, o relatório ainda estima que os investimentos em TI atinjam 27,4 bilhões de dólares até 2026.
Mesmo diante de uma realidade que aponta para uma só direção, esse entendimento não é algo aplicado por todas as companhias.
Um exemplo disso acontece no segmento de construção civil e nas PMEs. Isso é, mesmo sendo setores que possuem alta representatividade na economia do país, diversas empresas que atuam nessas vertentes, continuam executando seus processos de forma manual, elevando a complexidade na realização de tarefas.
A principal causa para isso é, justamente, o fato que mesmo sendo clara a importância e espaço que a tecnologia vem ocupando, temos enraizada uma cultura no nosso país de olhar para esses recursos como commodities – priorizando o custo e não o investimento.
Além disso, a resistência à mudança é outro fator que contribui para esse impasse, uma vez que foi criada a ideia de que a digitalização pode ser algo traumático.
Certamente, o processo de digitalizar as operações de uma organização não acontece do dia para a noite. E, à medida que surgem novas tecnologias e tendências, como IA generativa, IOT (Internet das coisas), Big Data, computação ubíqua, entre outras, é crucial que a execução do projeto acompanhe tais aspectos.
Por sua vez, para que a empresa possa, de fato, entrar na era da digitalização, é fundamental que seja estabelecida uma ampla comunicação, envolvendo desde os colaboradores até a alta gestão, a fim de assegurar maior assertividade e integração entre as áreas nas tomadas de decisão.
Além disso, é importante destacar que de nada adianta investir no uso de alta tecnologia e ferramentas sem que haja conhecimento para utilizá-las de forma correta.
Deste modo, é crucial que as organizações invistam na capacitação técnica do time, visando contribuir para o desempenho profissional e operacional, garantir maior usabilidade dos recursos investidos, e favorecer as relações e clima organizacional.
No entanto, para que a digitalização agregue de forma integral para o sucesso e ganho da empresa, é essencial que a sua cultura organizacional atue em prol dessa abordagem.
Afinal, é a partir desse direcionamento que a organização poderá traçar um plano para a captação e investimento de recursos financeiros, que irão auxiliar durante toda essa jornada.
Quando falamos dos resultados que a digitalização pode agregar à companhia, como maior eficiência, controle operacional, competitividade e, sobretudo, segurança, os olhos de todo gestor brilham.
Não à toa, outro estudo feito pela IDC Brasil, juntamente com o Google Cloud, apontou que para 48% dos participantes, os CEOS são os principais apoiadores dessas iniciativas nas empresas.
Deste modo, é certo afirmar que o investimento em digitalização permanecerá como uma forte tendência nos próximos anos, o que eleva a necessidade daqueles que ainda não se adaptaram, buscarem o quanto antes reverter esse cenário.
Por isso, é fundamental que as organizações desde já comecem a reavaliar seus processos, identificando pontos que precisam de melhoria, para assim, obterem o direcionamento correto na hora de escolher a opção que venha ao encontro de suas necessidades e demandas.
Ainda segundo a pesquisa, até 2027, entre 26% e 49% da receita das organizações será proveniente de produtos e serviços digitais.
E, considerando que estamos nos aproximando de 2024, esse é o momento de as empresas reavaliarem suas estratégias, estando abertas para a era da digitalização.
Afinal, diferente do que se imagina, o segredo da tecnologia não está em saber resolver fórmulas mágicas, mas em estar preparado.
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