Por David B. Svaiter*
Um novo caminho se abre às investigações em dispositivos baseados em leitura biométrica de impressões digitais: a impressão delas em 3D.
Um novo relatório publicado por Rose Eveleth revelou que a polícia recentemente abordado professores na Universidade de Michigan para reproduzir impressões digitais de um morto, através da sua (dele) impressão digital pré-gravada.
Uma vez reproduzida, a impressão 3D seria utilizada para criar uma “falsa-verdadeira” digital do indivíduo, e que poderia, então, ser usada para desbloquear o smartphone usando seus sensores biométricos.
O homem era uma vítima de assassinato e investigadores policiais acreditam que seu telefone pode conter alguma informação útil e relevante para o caso. Entretanto, conforme aponta o relatório publicado, uma vez que os sensores biométricos smartphones usados para detectar as impressões digitais de alguém trabalham com as correntes elétricas que objetos 3D-impressos não pode conduzir (os materiais não são condutores), tal técnica normalmente não funcionaria para ajudar os pesquisadores a obter acesso no telefone da vítima.
Mas isso não vai ser sempre o caso.
De acordo com o professor Anil Jain, uma [blockquote style=”2″]”fina cobertura de partículas de metal poderia resolver este problema, criando a condução elétrica necessária ao funcionamento do dispositivo”.[/blockquote]
Ao pensar sobre suas implicações e consequências no futuro, esta técnica poderia fazer com que todos os dispositivos que usam segurança biométrica digital (como vemos em smartphones e vários sistemas de segurança baseados em computadores) estejam vulneráveis.
Desde que as impressões digitais são uma identidade constante de uma pessoa, existe um risco de ter alguém roubar uma impressão digital usando uma foto de alta resolução e recriá-la dessa forma – e isso já foi provado.
Portanto, em sistemas de alta-segurança deve-se prever o uso de uma senha segura para liberar/bloquear o acesso. Lembre-se: você pode alterar suas senhas a qualquer momento, mas você não pode mudar as suas impressões digitais.
Nem me parece, efetivamente, mais seguro (ou melhor, menos inseguro) que os outros.
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*David B. Svaiter – Big Blue | Segurança da Informação & Criptografia