De acordo com Provimento 74 de 31/07/2018 do CNJ, todos os colaboradores do serviço notarial e de registro devem possuir formas de autenticação por certificação digital própria ou por biometria
[blockquote style=”2″] O titular delegatário ou o interino/interventor, os escreventes, os prepostos e os colaboradores do serviço notarial e de registro devem possuir formas de autenticação por certificação digital própria ou por biometria, além de usuário e senha associados aos perfis pessoais com permissões distintas, de acordo com a função, não sendo permitido o uso de “usuários genéricos”. ARTIGO 4º – Provimento Nº 74 de 31/07/2018 do CNJ.[/blockquote]
A Sky Informática, empresa de tecnologia de software, pioneira na gestão exclusiva para a área Cartorial que atua no mercado Cartorário do Rio Grande do Sul e Santa Catarina há mais de 28 anos, disponibilizou recentemente as soluções de Login por Certificado Digital e por Biometria para que os cartórios trabalhem em conformidade com o Provimento Nº 74 de 31/07/2018 do CNJ.
Em seu site a empresa também apresenta um documento técnico em que recomenta aos Tabelionatos e Cartórios como estar em conformidade com os requisitos mínimos.
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Provimento Nº 74 de 31/07/2018 do CNJ
Dispõe sobre padrões mínimos de tecnologia da informação para a segurança, integridade e disponibilidade de dados para a continuidade da atividade pelos serviços notariais e de registro do Brasil e dá outras providências.
A medida visa garantir a segurança da informação e de atendimento ao cidadão.
A Corregedoria, vinculada ao Conselho Nacional de Justiça, dividiu os cartórios em três categorias
Classe 1 – serventias com arrecadação de até R$ 100 mil por semestre;
Classe 2 – serventias com arrecadação de até R$ 500 mil por semestre; e
Classe 3 – serventias com arrecadação acima de R$ 500 mil por semestre. Para cada classe há uma lista mínima de requisitos tecnológicos. A lista completa está em anexo ao Provimento.
Provimento nº 74/2018 – Dispõe sobre padrões mínimos de tecnologia da informação
PROVIMENTO N. 74, DE 31 DE JULHO DE 2018
Dispõe sobre padrões mínimos de tecnologia da informação para a segurança, integridade e disponibilidade de dados para a continuidade da atividade pelos serviços notariais e de registro do Brasil e dá outras providências.
O CORREGEDOR NACIONAL DE JUSTIÇA, usando de suas atribuições constitucionais, legais e regimentais e
CONSIDERANDO o poder de fiscalização e de normatização do Poder Judiciário dos atos praticados por seus órgãos (art. 103-B, § 4º, I, II e III, da Constituição Federal de 1988);
CONSIDERANDO a competência do Poder Judiciário de fiscalizar os serviços notariais e de registro (arts. 103-B, § 4º, I e III, e 236, § 1º, da Constituição Federal);
CONSIDERANDO a competência do Corregedor Nacional de Justiça de expedir provimentos e outros atos normativos destinados ao aperfeiçoamento das atividades dos serviços notariais e de registro (art. 8º, X, do Regimento Interno do Conselho Nacional de Justiça);
CONSIDERANDO a obrigação dos notários e registradores de cumprir as normas técnicas estabelecidas pelo Poder Judiciário (arts. 37 e 38 da Lei n. 8.935, de 18 de novembro de 1994);
CONSIDERANDO o avanço tecnológico, a informatização e a implementação de sistemas eletrônicos compartilhados e de sistema de registro eletrônico que possibilita a realização das atividades notariais e de registro mediante o uso de tecnologias da informação e comunicação;
CONSIDERANDO a necessidade de se uniformizar a manutenção de arquivos eletrônicos/mídia digital de segurança dos livros e documentos que compõem o acervo dos serviços notariais e de registro, bem como de se imprimir eficiência a esse procedimento;
CONSIDERANDO os resultados obtidos nas inspeções realizadas, em 2016, 2017 e 2018, pela Corregedoria Nacional de Justiça nos serviços notariais e de registro do Brasil, tais como vulnerabilidade e situação de risco das bases de dados e informações afetas aos atos praticados;
CONSIDERANDO os estudos técnicos realizados pela Corregedoria Nacional de Justiça sobre a proteção da base de dados, os sistemas, as condições financeiras e o perfil de arrecadação dos serviços de notas e de registro do Brasil;
CONSIDERANDO as sugestões apresentadas nos autos do Pedido de Providência n. 0002759-34.2018.00.0000, em trâmite no Conselho Nacional de Justiça,
RESOLVE:
Art. 1º Dispor sobre padrões mínimos de tecnologia da informação para a segurança, integridade e disponibilidade de dados para a continuidade da atividade pelos serviços notariais e de registro do Brasil.
Art. 2º Os serviços notariais e de registro deverão adotar políticas de segurança de informação com relação a confidencialidade, disponibilidade, autenticidade e integridade e a mecanismos preventivos de controle físico e lógico.
Parágrafo único. Como política de segurança da informação, entre outras, os serviços de notas e de registro deverão:
I – ter um plano de continuidade de negócios que preveja ocorrências nocivas ao regular funcionamento dos serviços;
II – atender a normas de interoperabilidade, legibilidade e recuperação a longo prazo na prática dos atos e comunicações eletrônicas.
Art. 3º Todos os livros e atos eletrônicos praticados pelos serviços notariais e de registro deverão ser arquivados de forma a garantir a segurança e a integridade de seu conteúdo.
1º Os livros e atos eletrônicos que integram o acervo dos serviços notariais e de registro deverão ser arquivados mediante cópia de segurança (backup) feita em intervalos não superiores a 24 horas.
2º Ao longo das 24 horas mencionadas no parágrafo anterior, deverão ser geradas imagens ou cópias incrementais dos dados que permitam a recuperação dos atos praticados a partir das últimas cópias de segurança até pelo menos 30 minutos antes da ocorrência de evento que comprometa a base de dados e informações associadas.
3º A cópia de segurança mencionada no § 1º deverá ser feita tanto em mídia eletrônica de segurança quanto em serviço de cópia de segurança na internet (backup em nuvem).
4º A mídia eletrônica de segurança deverá ser armazenada em local distinto da instalação da serventia, observada a segurança física e lógica necessária.
5º Os meios de armazenamento utilizados para todos os dados e componentes de informação relativos aos livros e atos eletrônicos deverão contar com recursos de tolerância a falhas.
Art. 4º O titular delegatário ou o interino/interventor, os escreventes, os prepostos e os colaboradores do serviço notarial e de registro devem possuir formas de autenticação por certificação digital própria ou por biometria, além de usuário e senha associados aos perfis pessoais com permissões distintas, de acordo com a função, não sendo permitido o uso de “usuários genéricos”.
Art. 5º O sistema informatizado dos serviços notariais e de registro deverá ter trilha de auditoria própria que permita a identificação do responsável pela confecção ou por eventual modificação dos atos, bem como da data e hora de efetivação.
1º A plataforma de banco de dados deverá possuir recurso de trilha de auditoria ativada.
2º As trilhas de auditoria do sistema e do banco de dados deverão ser preservadas em backup, visando a eventuais auditorias.
Art. 6º Os serviços notariais e de registro deverão adotar os padrões mínimos dispostos no anexo do presente provimento, de acordo com as classes nele definidas.
Parágrafo único. Todos os componentes de software utilizados pela serventia deverão estar devidamente licenciados para uso comercial, admitindo-se os de código aberto ou os de livre distribuição.
Art. 7º Os serviços notariais e de registro deverão adotar rotina que possibilite a transmissão de todo o acervo eletrônico pertencente à serventia, inclusive banco de dados, softwares e atualizações que permitam o pleno uso, além de senhas e dados necessários ao acesso a tais programas, garantindo a continuidade da prestação do serviço de forma adequada e eficiente, sem interrupção, em caso de eventual sucessão. Art. 8º Os padrões mínimos dispostos no anexo do presente provimento deverão ser atualizados anualmente pelo Comitê de Gestão da Tecnologia da Informação dos Serviços Extrajudiciais (COGETISE).
1º Comporão o COGETISE:
I – a Corregedoria Nacional de Justiça, na condição de presidente;
II – as Corregedorias de Justiça dos Estados e do Distrito Federal;
III – a Associação dos Notários e Registradores do Brasil (ANOREG/BR);
IV – o Colégio Notarial do Brasil – Conselho Federal (CNB/CF);
V – a Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais do Brasil (ARPEN/BR);
VI – o Instituto de Registro Imobiliário do Brasil (IRIB/BR); VII – o Instituto de Estudos de Protesto de Títulos do Brasil (IEPTB/BR); e
VIII – o Instituto de Registro de Títulos e Documentos e de Pessoas Jurídicas do Brasil (IRTDPJ/BR).
2º Compete ao COGETISE divulgar, estimular, apoiar e detalhar a implementação das diretrizes do presente provimento e fixar prazos para tanto.
Art. 9º O descumprimento das disposições do presente provimento pelos serviços notariais e de registro ensejará a instauração de procedimento administrativo disciplinar, sem prejuízo de responsabilização cível e criminal.
Art. 10. A Recomendação CNJ n. 9, de 7 de março de 2013, e as normas editadas pelas corregedorias de justiça dos Estados e do Distrito Federal permanecem em vigor no que forem compatíveis com o presente provimento.
Art. 11. Este provimento entra em vigor após decorridos 180 dias da data de sua publicação.
Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA
ANEXO
CLASSE 1
Serventias com arrecadação de até R$ 100 mil por semestre, equivalente a 30,1% dos cartórios
PRÉ-REQUISITOS
- Energia estável, rede elétrica devidamente aterrada e link de comunicação de dados mínimo de 2 megabits
- Endereço eletrônico (e-mail) da unidade para correspondência e acesso ao sistema
- Malote Digital Local técnico (CPD) isolado dos demais ambientes preferencialmente por estrutura física de alvenaria ou, na sua impossibilidade, por divisórias. Em ambos os casos, com possibilidade de controle de acesso (porta com chave) restrito aos funcionários da área técnica
- Local técnico com refrigeração compatível com a quantidade de equipamentos e metragem
Unidade de alimentação ininterrupta (nobreak) compatível com os servidores instalados, com autonomia de pelo menos 30 minutos - Dispositivo de armazenamento (storage), físico ou virtual Serviço de cópias de segurança na internet (backup em nuvem)
- Servidor com sistema de alta disponibilidade que permita a retomada do atendimento à população em até 15 minutos após eventual pane do servidor principal Impressoras e scanners (multifuncionais)
- Switch para a conexão de equipamentos internos Roteador para controlar conexões internas e externas
- Softwares licenciados para uso comercial Software antivírus e antissequestro
- Firewall
- Proxy
- Banco de dados
- Mão de obra: pelo menos 2 funcionários do cartório treinados na operação do sistema e das cópias de segurança ou empresa contratada que preste o serviço de manutenção técnica com suporte de pelo menos 2 pessoas
CLASSE 2
Serventias com arrecadação entre R$ 100 mil e R$ 500 mil por semestre, equivalente a 26,5% dos cartórios
PRÉ-REQUISITOS
- Energia estável, rede elétrica devidamente aterrada e link de comunicação de dados mínimo de 4 megabits
- Endereço eletrônico (e-mail) da unidade para correspondência e acesso ao sistema Malote Digital
- Local técnico (CPD) isolado dos demais ambientes preferencialmente por estrutura física de alvenaria ou, na sua impossibilidade, por divisórias. Em ambos os casos, com possibilidade de controle de acesso (porta com chave) restrito aos funcionários da área técnica
- Local técnico com refrigeração compatível com a quantidade de equipamentos e metragem
- Unidade de alimentação ininterrupta (nobreak) compatível com os servidores instalados, com autonomia de pelo menos 30 minutos
- Dispositivo de armazenamento (storage), físico ou virtual
- Serviço de cópias de segurança na internet (backup em nuvem)
- Servidor com sistema de alta disponibilidade que permita a retomada do atendimento à população em até 15 minutos após eventual pane do servidor principal
- Impressoras e scanners (multifuncionais)
- Switch para a conexão de equipamentos internos
- Roteador para controlar conexões internas e externas Softwares licenciados para uso comercial
- Software antivírus e antissequestro Firewall
- Proxy
- Banco de dados
- Mão de obra: pelo menos 2 funcionários do cartório treinados na operação do sistema e das cópias de segurança ou empresa contratada que preste o serviço de manutenção técnica com suporte de pelo menos 2 pessoas
CLASSE 3
Serventias com arrecadação acima de R$ 500 mil por semestre, equivalente a 21,5% dos cartórios
PRÉ-REQUISITOS
- Energia estável, rede elétrica devidamente aterrada e link de comunicação de dados mínimo de 10 megabits
- Endereço eletrônico (e-mail) da unidade para correspondência e acesso ao sistema Malote Digital Local técnico (CPD) isolado dos demais ambientes preferencialmente por estrutura física de alvenaria ou, na sua impossibilidade, por divisórias. Em ambos os casos, com possibilidade de controle de acesso (porta com chave) restrito aos funcionários da área técnica
- Local técnico com refrigeração compatível com a quantidade de equipamentos e metragem
- Unidade de alimentação ininterrupta (nobreak) compatível com os servidores instalados, com autonomia de pelo menos 30 minutos
- Dispositivo de armazenamento (storage), físico ou virtual
- Serviço de cópias de segurança na internet (backup em nuvem)
- Servidor com sistema de alta disponibilidade que permita a retomada do atendimento à população em até 15 minutos após eventual pane do servidor principal Impressoras e scanners (multifuncionais)
- Switch para a conexão de equipamentos internos
- Roteador para controlar conexões internas e externas
- Softwares licenciados para uso comercial
- Software antivírus e antissequestro
- Firewall
- Proxy
- Banco de dados
- Mão de obra: pelo menos 3 funcionários do cartório treinados na operação do sistema e das cópias de segurança ou empresa contratada que preste o serviço de manutenção técnica com suporte de pelo menos 3 pessoas
Sobre Sky Informática
A Sky Informática é uma empresa de tecnologia de software, pioneira na gestão exclusiva para a área Cartorial. Com mais de 28 anos de experiência, através da excelência nos negócios e investimento nas pessoas, construímos uma história sólida e conquistamos grande parte do mercado Cartorário do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
História
Iniciado em 1991, sob a coordenação de Paulo Kindel, nosso sistema pioneiro NOTAR foi instalado em nosso primeiro cliente, o Tabelionato de Notas de Montenegro/RS.
Com a popularização das tecnologias de informação e a necessidade de gerenciar grandes volumes de dados de maneira rápida e eficaz, outros setores Cartoriais mostraram interesse por soluções que lhes atendessem.
Ao longo dos seus primeiros 10 anos, Sky Informática investiu em novos produtos para atuar neste nicho de mercado e aumentar sua carteira de clientes. A partir do ano 2000, com o aumento da necessidade de informatização e o grande desenvolvimento tecnológico das ferramentas, a empresa passou a trabalhar fortemente no desenvolvimento de novos softwares e serviços.
Conheça um pouco mais sobre a Sky Informática no vídeo a seguir.
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A ilustração utilizada é imagem de divulgação da Sky Informática
CNJ define requisitos mínimos de tecnologia para cartórios
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Diretrizes das Tecnologias Criptográficas e de Identificação Digital para 2020
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