Um estudo recente do Gartner estimou que 181 bilhões de dólares serão investidos na migração de sistemas para nuvem até 2020
Por Walter Sanches
Seguindo esse caminho da transformação digital, em março de 2018, a Termomecanica, líder no setor de transformação de Cobre e suas ligas e, mais recentemente, também fabricante de produtos em Alumínio, iniciou a migração de 70% de sua infraestrutura de TI para a nuvem – os 30% restantes foram virtualizados.
Um ano depois, o processo foi concluído e com sucesso. Por que a empresa tomou essa decisão e o que ela fez para ser bem-sucedido?
Por muito tempo, os sistemas estavam instalados em um ambiente particular, do qual a companhia tinha total controle. As equipes sabiam onde estava e o que estava sendo feito em cada um deles.
Na nuvem, as estruturas deixam de ser responsabilidade da empresa e passam a operar de forma remota.
A administração do ambiente também passa a ser compartilhada: a equipe interna, com foco nas demandas de negócio, e a equipe do provedor de olho nas questões técnicas e com preocupação em garantir tudo que diz respeito à disponibilidade.
A jornada para a nuvem durou um ano e o projeto foi realizado fase a fase (sendo três ao total), passando pelo planejamento, em seguida por todas as etapas de desenvolvimento, até entrar em produção.
O processo consumiu cerca de duas mil horas de trabalho de funcionários das áreas de TI e de negócios. Por ser trabalhoso, a Termomecanica esperava uma migração um tanto quanto turbulenta.
No entanto, todo o procedimento ocorreu de forma tranquila, sem irregularidades, problemas de latência ou de performance.
“Para a implantação bem-sucedida, foi necessário ter muito planejamento e empenho de toda a equipe de TI, dos usuários e também do fornecedor, o que ajudou a conduzir a mudança de forma natural e certeira. Como este foi um projeto que envolveu muitas pessoas dentro da empresa foi imprescindível tratá-lo com transparência. Durante o percurso, todos os envolvidos foram sendo informados sobre os procedimentos e cada passo dado rumo à conclusão”, explica Walter Sanches, CIO da Termomecanica.
O que a jornada para a nuvem trouxe como aprendizado foi que, independentemente da área ou tamanho da empresa, a tendência é que elas adotem cada vez mais os ambientes em cloud.
São muitos os benefícios e vantagens. Flexibilidade, que permite expandir o ambiente e adequar a estrutura conforme a demanda; disponibilidade, que possibilita acessar recursos exclusivos de redundância, além de compartilhá-los no ambiente SAP por mais tempo; e a tão buscada redução de custos, já que, quanto maior é a oferta de computação e armazenamento na nuvem, mais barato fica a migração.
No caso da Termomecanica, a economia obtida foi de 35% com sistemas. Não é um trabalho fácil e nem rápido, mas também não é impossível como muitas pessoas podem achar e vale realmente a pena.