A partir da inteligência humana, utilizamos todo poder executor da inteligência artificial para a obtenção de resultados melhores e mais rápidos
Por Silvana Torres
A Inteligência Artificial (IA) é o assunto do momento. Não se fala em outra coisa dentro das empresas, e não apenas nas de tecnologia.
O assunto é corrente em todos os setores. Obviamente, o marketing está incluso nesta discussão; afinal, você sabe qual é a verdadeira questão quando falamos do surgimento dessa novidade no segmento? O que está em jogo são novos recursos ou a situação é um pouco mais complexa?
Antes de mais nada, precisamos entender que só é possível aplicar tendências de mercado como essa, na prática e de maneira assertiva, se conhecermos bem o público com o qual estamos falando.
Entender hábitos de consumo, comportamentos, preferências, motivações e perfis é uma regra básica, que continua sendo um ponto-chave no processo de aproximação entre pessoas e marcas.
Muito bem, você deve estar se perguntando como tudo isso se relaciona com a IA? Na verdade, essa resposta está na própria pergunta, porque nenhum recurso é útil, por mais inovador e disruptivo que seja, se não estiver alinhado com as necessidades dos clientes.
Sem isso, é só mais um artifício com pouca ou nenhuma efetividade. Em outras palavras, apenas com essa correlação há como desenvolver estratégias de marketing realmente eficientes e que podem aumentar as chances de sucesso de uma companhia.
Aqui na Mark Up, por exemplo, a tecnologia e o data driven são a bússola que nos orienta na tomada das melhores decisões.
Além disso, temos um comitê formado por profissionais de diversas áreas da empresa, com o objetivo de pensar em formas de implementarmos cada vez mais a IA a nosso favor no dia a dia, criando uma cadeia de benefícios tanto para os colaboradores como para os clientes.
Fruto disso é que já estamos adotando a IA como uma “parceira de trabalho” altamente eficiente. Por exemplo, nossa criação já vem utilizando com sucesso algumas ferramentas, que auxiliam muito em desenvolvimentos conceituais, na busca por imagens ideais para a composição de layouts ou mesmo vídeos que sejam fortes o suficiente para reforçar as mensagens que desejamos transmitir.
Em outras palavras, a partir da inteligência humana, utilizamos todo poder executor da inteligência artificial para a obtenção de resultados melhores e mais rápidos.
Já na área de estratégia, a IA tem sido um apoio importante para desk researches, trazendo respostas sobre o mercado, marcas, tendências e comportamento do consumidor.
Também é um parceiro para encontrar soluções que complementem taticamente a estratégia desenvolvida pelo planejador. Mas acima de tudo, IA entra aqui como solução nos projetos estratégicos desenvolvidos por nós, sendo sugerida também para nossos clientes.
É importante que existam essas iniciativas no mundo corporativo, considerando que basicamente todas as companhias estão tentando buscar modos de aproveitar as ferramentas e inovar em suas estratégias.
Mas atenção: para utilizar um recurso tão avançado e inovador, como a IA, com responsabilidade, segurança e precisão, as lideranças e seus times devem conhecer profundamente sua função e estrutura e de que forma ela ajudará a atingir os objetivos da organização.
Quando há um planejamento fortemente embasado, a IA acaba com uma das principais dores que os profissionais de marketing possuem na sua rotina digital, que é a de tratar um volume gigantesco de informações ao mesmo tempo.
Isso abre espaço para os especialistas a trabalharem com uma gama muito maior de dados e interações em um intervalo menor de tempo.
As consequências? Em resumo, eficiência e agilidade. A solução permite que campanhas personalizadas e experiências exclusivas sejam oferecidas aos clientes com base nos seus interesses.
Outra vantagem competitiva da IA é a automação de tarefas repetitivas e mecânicas, economizando tempo e capital humano. Isso sem falar na integração dos dispositivos, garantindo que as análises de mercado e dos conteúdos produzidos pela marca sejam mais rápidas e avançadas.
Não à toa, as empresas que já notaram esses benefícios em potencial não param de aquecer o setor tech. Segundo um relatório feito pela Kinea Investimentos, considerando serviços, hardware e software, o mercado global de inteligência artificial movimentou cerca de US$ 318 bilhões em 2020, US$ 383 bilhões em 2021 e US$ 450 bilhões em 2022.
Nos próximos anos, a tendência é de um crescimento vertiginoso. Para 2023, a expectativa é de US$ 450 bilhões movimentados, crescendo ano a ano até atingir US$ 900 bilhões em 2026, uma expansão de 19%.
Olhando para todas essas questões, podemos entender claramente que a chegada avassaladora da IA ao cenário corporativo não se trata apenas de mais uma novidade efêmera, em que a empresa investe no recurso como se fosse apenas mais um notebook para seu escritório.
As milhares de possibilidades que ela oferece estão em suas estratégias; no caso da área de marketing o sucesso depende de boas aplicações, há uma associação direta entre esses dois elementos. E, se existe uma conexão, por que não investirmos em mais formatos inteligentes para aliar a dupla?
Sobre a autora
Silvana Torres é presidente e fundadora da Mark Up, uma das principais referências em live marketing no Brasil e criadora da metodologia proprietária Construtoria Estratégica, que alia estratégias data driven de uma consultoria a execuções assertivas e criativas de uma agência.
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