Internet of Things & Blockchain – Inteligência e Comunicação para o Presente e o Futuro
Por Bernardo Madeira
Um dos pilares mais fortes da Era Cognitiva é a capacidade de analisar informação vinda de diferentes fontes. Acredito que a fonte mais explorada nestes próximos anos seja a dos dispositivos.
Nos últimos 50 anos, a raça humana vive num mundo de IoT: desde logs convencionais que nossos computadores geram, até nano dispositivos capazes de explorar as mais avançadas capacidades tecnológicas e mudar o mundo a nossa volta.
Mas a era cognitiva é muito limitada se na possuir a capacidade de interatuar ou de se integrar. Uma boa analogia para exemplificar é a extinção do homem de Neandertal, que acabou sendo dizimado pelo homem moderno já que ele não conseguia se comunicar. Por maior que seja a força ou inteligência de um indivíduo, se ele não tem a capacidade de se comunicar, esta destinado à extinção.
É por isso que neste mundo cognitivo, cada vez mais precisamos pensar em uma estratégia eficiente, segura, escalável e resiliente de comunicação.
Um modelo exitoso é a comunicação Ponta a Ponta (peer to peer, também conhecida como P2P). Neste modelo não existe um gestor centralizado de mensagens ou de controle da informação.
As características chave deste modelo são:
- a) Encriptação e descentralização;
- b) Baixa latência e garantia de entrega;
- c) Capacidade de armazenamento e envio de mensagens para qualquer destinatário conectado.
Cada destinatário publica sua localização em formato de endereço (hashname) que fica registrado entre todos os participantes da rede. É assim que consegue enviar e receber informação.
Agora, entendamos que um participante pode ser, desde um sistema de base de dados que gera informação para ser compartilhada, um processo, um dispositivo (sensor) até um algoritmo. O fato é que em uma rede de comercio, este participante oferecera algo de valor para que outro participante consuma.
Compartilhamentos distribuídos de softwares e updates de firmware permitem que os participantes consigam intercambiar grandes volumes de dados.
Bit Torrent é um famoso exemplo de compartilhamento de arquivos em um ambiente P2P. Mas, por conta da falta de estruturas para garantir a segurança, a estabilidade e a gestão, acaba sendo inviável para a adoção corporativa fora dos domínios seguros.
Além de comunicação P2P, uma função básica necessária para a descentralização é uma total autonomia de cada participante (peer). Até porque o mundo de IoT (log, sensores, dados vindos de máquinas e dispositivos), as soluções irão requerer algum tipo de coordenação autônoma.
Para atingir este objetivo, precisaremos de um mecanismo para equipar os dispositivos (ou produtos) para que entrem em um consenso contratual. Este contrato irá a estipular as responsabilidades de como se deve transacionar a informação, e limitara o alcanço do mesmo. Este contrato é um acordo de ações que podem acontecer, como a liberação de pagamentos, a mudança de condições ou até a troca de informação entre entidades.
Onde entra Blockchain dentro desta equação?
Para resolver o problema que a demanda do mundo cognitivo apresenta, devemos pensar nos 4 pilares que uma estratégia de comunicação precisa endereçar:
1) Um registro compartilhado e resiliente de transações com participantes registrados;
2) Um algoritmo criptográfico que irá a proteger a privacidade das transações e participantes;
3) Um consenso para garantir a consistência e estabilidade transacional;
4) Um contrato que determinará as regras de negócio dos participante (neste caso dispositivos autônomos) e o comportamento dos mesmos.
E estes são os pilares de Blockchain!
Porque? Porque Blockchain oferece: um ledger compartilhado que armazena e registra as mensagens, uma criptografia que garante a privacidade das transações, um algoritmo de consenso que garante que todos os participantes estejam de acordo da veracidade na informação e finalmente, as aplicações (smart contracts) responsáveis de delimitar as regras de negócio e comportamento destes dispositivos.
Agora, quando falamos de IoT, não significa que uma rede de Blockchain será exclusivamente de dispositivos. IoT representa a integração e a participação destes dispositivos como elementos tão importantes quanto os tradicionais processos do negócio.
Da integração dos dados de um refrigerador dentro de uma cadeia se suprimento que garantirá que produtos perecíveis de consumo sejam transportados dentro das demandas de refrigeração, até da geladeira doméstica se conectando de maneira autônoma ao fabricante para solicitar um serviço na hora que detecta alguma falha. IoT irá mudar o jeito que comerciamos e consumimos bens.
Inteligência e comunicação foram os pilares do êxito do homem modero dentro da história.
Cognitive e Blockchain será a formula do êxito para o Presente e o Futuro!
Consulte-nos para definirmos seu caso de uso de Blockchain e como Smartchains pode Conectar seu Negócio!
Bernardo de Souza Madeira – Co-foundador Smartchains -empresa especializada em consultoria técnica desta tecnologia.
“Bernardo de Souza Madeira é um experiente consultor e arquiteto de sistemas com um histórico de prestação de serviços de qualidade no multi-setor. Durante seus 20 anos de experiência na indústria de TI, atuou em pré-vendas, arquitetura, consultoria, treinamento e gestão de projetos, utilizando tecnologias cognitivas e transacionais.
Hoje, é especialista certificado na plataforma Blockchain especializado na implementação de projetos em redes permissionadas.
Leia Também Desmistificando a Segurança no Blockchain e entendendo o Potencial