Nesse sábado o AutoEsporte, programa da TV GLOBO, exibiu a reportagem sobre a Universidade de Michigan, EUA que mostra que a IoT – Internet das Coisas está muito mais perto de se tornar uma realidade em nosso dia dia do que imaginamos. Dois brasileiros que cursam a Pós Graduação em Robótica apresentaram a cidade conectada – MCity
Nas ruas de um bairro novo à beira de Ann Arbor, Michigan, parecem incrivelmente limpas e pacífica. Para carros autônomos, no entanto, elas representam desafios assustadores.
A Universidade de Michigan abre as portas de sua cidade simulada para testes com veículos sem condutor
Artigo traduzido por Technologyreview
A Universidade de Michigan disponibilizou a área, chamada Mcity, esta semana para empresas e fornecedores automotivos testarem tecnologia para condução autônoma e conectada. A instalação foi construída em colaboração com o Departamento de Transportes de Michigan e com financiamento de numerosos fabricantes de automóveis e fornecedores, que terão acesso ao espaço para testar sua tecnologia em diferentes situações.
Mcity é feita para conter todas as possíveis situações de tráfego que poderiam causar problemas para sensores e algoritmos de um carro autônomo. A tecnologia de condução autônoma está melhorando, mas os computadores ainda lutam com certas situações onde a visibilidade é ruim, onde os ambientes são extremamente complexos, ou onde há muitos outros tipos de tráfego que deve ser negociados. A instalação também pode ser um bom lugar para órgãos reguladores avaliarem se diferentes tecnologias de condução autônoma cumprem as normas exigidas (assumindo que tais normas sejam estabelecidas).
Em 32 hectares de diferentes cenários de urbanos, Mcity inclui rotatórias, túneis, áreas de construção, rampas de entrada e saída em estradas e até mesmo marcações de pista desbotadas e placas desfiguradas por graffiti. A neve que chega a Michigan no inverno deve ser ainda outro desafio importante (veja “A Town Built for Driverless Cars”).
Esta semana, as empresas com participação na Mcity estavam lá para mostrar suas tecnologias e dar aos visitantes um passeio ao redor da instalação. Por exemplo, a empresa de mapeamento Here, uma divisão da Nokia, mostrou um dos carros que usa para digitalizar ruas com câmeras de alta resolução e instrumentos com sensores laser. Esta informação é valiosa para empresas automotivas porque pode ajudar veículos a navegar nas ruas (relatórios recentes, de fato, sugerem que o Here pode, em breve, ser adquirido por um consórcio de fabricantes de automóveis alemães). Here digitalizou a Mcity e disponibilizou os dados para outras empresas.
Várias empresas de tecnologia automobilística estavam no lançamento. Denso, um fornecedor de componentes Japonês, apresentou hardware que permite que os carros se comuniquem uns com os outros para ajudar a prevenir os acidentes e congestionamentos (veja “10 Breakthrough Technologies: Car-to-Car Communications”).
A fornecedora alemã Bosch demonstrou um sistema que permite que os carros conduzam a si mesmos em trechos retos de estrada. E Xerox e Honda mostraram um sistema que permite que os carros detectem e se comuniquem com pedestres ou ciclistas, através de um smartphone adequadamente modificado, para ajudar a prevenir acidentes.
Lorraine Novak, um desenvolvedor de aplicativos da Denso que também trabalha em sistemas de condução autônoma, disse que ela estava muito interessada em usar a Mcity para tentar abordagens diferentes para problemas específicos. Ela observou que rotatórias continuarão a ser um grande problema para carros autônomos. No tráfego pesado, carros autônomos, que geralmente são configurados para serem bastante cautelosos, podem acabar dando varias voltas na rotatória muitas vezes antes de sair dela, ou podem simplesmente chegar a um impasse, diz ela.
À medida de a condução autônoma se torna mais comum, maiores instalações de testes podem ser necessárias. Políticos e reguladores de Michigan também têm sugerido que uma instalação ainda maior para teste de veículos autônomos pode ser construída a cerca de 20 minutos de Ann Arbor.
Fonte: Technologyreview.com.br