Coletar dados reais sobre o comportamento e os impactos dos veículos elétricos na rede de distribuição de energia da Região Metropolitana de Campinas
Esse é o principal objetivo do Laboratório de Mobilidade Elétrica, que está funcionando nas instalações do CPqD como parte do Programa de Mobilidade Elétrica – Emotive, conduzido pela CPFL Energia com o apoio de recursos do programa de pesquisa e desenvolvimento da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).
“Estamos realizando nesse laboratório diversos testes em veículos elétricos, de diferentes fabricantes, para avaliar o comportamento durante a recarga da bateria e o impacto que esse processo pode causar na rede elétrica”, explica Vitor Arioli, pesquisador da área de Sistemas de Energia e responsável por esse projeto no CPqD. “Também estamos avaliando eletropostos de diversos fabricantes e, ainda, o impacto que a utilização do veículo elétrico como fonte de geração distribuída poderá ter na rede de distribuição”, acrescenta.
Para realizar esses testes, foram instalados quatro pontos de carregamento (eletropostos) no Laboratório de Mobilidade Elétrica montado pela CPFL Energia em parceria com o CPqD: um rápido, um semi-rápido e dois lentos. Com potência de 40 kW e tensão de 380V/Trifásico, o eletroposto rápido permite o carregamento da bateria em 30 minutos (para 80% de carga) a uma hora (para 100%).
Já o semi-rápido tem 20 kW de potência, tensão de 220V/Trifásico e possibilita o carregamento completo da bateria no período de uma a duas horas. Os outros dois eletropostos oferecem potência de 3,7 kW e demandam de 6 a 8 horas para o carregamento da bateria (a tensão é 220V/Mono ou Bifásico).
Com investimento total estimado em R$ 21,2 milhões, o Programa de Mobilidade Elétrica da CPFL Energia – Emotive teve início em agosto de 2013 e deverá ser concluído em maio de 2018. Além do CPqD, participam da sua execução a Unicamp e a empresa Daimon, responsáveis pelos vários estudos que fazem parte do projeto – entre eles, estudo de viabilidade econômica, novos modelos de negócios, cenários de adesão, ciclos de vida dos veículos elétricos e baterias, tarifação e regulação.
A CPFL Energia também formalizou parcerias com diversas empresas e instituições da Região Metropolitana de Campinas, que vêm colaborando com o projeto. Algumas delas incluíram veículos elétricos em suas frotas – caso da Natura, 3M, Hertz, Instituto CCR, Bosch, Sanasa Campinas e Unicamp. Já a Rede Graal e o Shopping Iguatemi Campinas atuam como parceiros na implantação de eletropostos em seus estabelecimentos – a intenção é chegar a 25 eletropostos até o final do projeto.
“O nosso Programa de Mobilidade Elétrica tem sido pioneiro no estudo dos impactos que os veículos elétricos podem causar em nossa rede e para o próprio consumidor. Esse projeto de P&D faz parte de nosso portfólio de projetos estruturantes da área de inovação, que são de maior porte e com foco em tecnologias do futuro”, explica Rafael Lazzaretti, Diretor de Estratégia e Inovação da CPFL Energia.