Na corrida para a minimizar os impactos ambientais, empresas e consumidores estão buscando soluções inovadoras para mitigar os desastres ambientais na natureza
O blockchain e a rastreabilidade de dados surgem como ferramentas promissoras para combater as mudanças climáticas. O mundo tem uma meta global de reduzir as emissões de carbono em zero até 2050, segundo acordo realizado na COP21, Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em 2015.
Grandes eventos globais envolveram o tema de mudanças climáticas como o principal tema de discussões nos últimos meses, como a COP28, maior evento global de negociação sobre mudanças climáticas, Davos, Fórum Econômico Mundial, que alertaram sobre o problema em busca de soluções.
Para Phelipe Spildeman, CEO e fundador da Bluebell Index, climatech especializada no desenvolvimento de ativos ambientais, o blockchain é capaz de fortalecer a confiança das negociações climáticas. Também pode melhorar a transparência e credibilidade do mercado, além de direcionar mais recursos para os desenvolvedores de projetos.
Mas, como blockchain pode ajudar a combater as mudanças climáticas?
O blockchain é uma tecnologia que permite registrar e compartilhar dados de forma segura e transparente. Essa característica pode ser usada para melhorar a rastreabilidade de emissões de gases de efeito estufa e incentivar a preservação ambiental.
Por exemplo, o blockchain pode ser usado para que as transações de créditos de carbono ou ativos ambientais, que envolvem água, solo, carbono, sejam registradas de forma transparente, garantindo que as emissões de CO2 sejam efetivamente reduzidas com autenticidade e rastreabilidade.
Além disso, o blockchain pode ser utilizado para monitorar o impacto ambiental de projetos de redução de emissões de carbono, garantindo que os projetos sejam realmente eficazes na redução das emissões.
“A rastreabilidade do blockchain aumenta a confiança dos projetos de compensação ambiental, já que os dados não podem ser facilmente manipulados ou alterados, resolvendo uma das principais dores do mercado de carbono que é a rastreabilidade. Somado a isso, o blockchain agiliza o processo de verificação, reduzindo os os custos ligados ao monitoramento e auditoria das atividades de redução de emissões”, comenta Phelipe Spildeman, CEO e fundador da Bluebell.
Historicamente, o setor de créditos de carbono, uma prática do mercado para mitigar as mudanças climáticas, sofreu por denúncias de falta de credibilidade, seja pela pela double counting – quando um projeto de compensação de carbono é vendido duas vezes -, falsificação dos projetos ou ainda creditado com mais reduções de emissões do que realmente gera.
O uso de blockchain resolve todos esses problemas, já que quando o projeto é efetivado, o histórico fica sempre disponível, de forma infraudavel, em sites de maneira pública e de fácil acesso.
Phelipe Spielmann explica que transações em blockchain não permitem que haja outro registro da mesma transação. Além disso, com a tecnologia os dados são auditados em tempo real, garantindo a confiabilidade das compensações ambientais para redução das crises climáticas.
Sobre Bluebell Index
A Bluebell Index é uma fintech climática que une empresas e indústrias a proprietários rurais para atuar na mitigação de mudanças climáticas. A startup valoriza, certifica e monetiza ativos ambientais por meio de tokens baseados em blockchain gerados por metodologias internacionais pautadas na ciência e algoritmos proprietários. Os tokens da Bluebell incluem carbono, água, solo e biodiversidade e entregam integridade dos dados e rastreabilidade aos compradores.
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