A cibersegurança evoluiu: mais do que proteger sistemas, tornou-se uma questão de identidade digital — o desafio agora é garantir a identificação confiável de pessoas, máquinas e aplicações
Redação Crypto ID
Em novembro de 2025, o especialista britânico David G.W. Birch publicou na Forbes o artigo “Cybersecurity Is a Digital Identity Problem and We Must Deal With It” (“A cibersegurança é um problema de identidade digital e precisamos lidar com ele”), destacando que a verdadeira fragilidade da segurança cibernética moderna não está apenas na infraestrutura, mas na forma como as identidades são geridas, autenticadas e protegidas.
Essa visão resume o que muitos executivos de tecnologia já perceberam: cibersegurança é, antes de tudo, governança de identidade. E é por isso que o tema da identidade digital, antes restrito a áreas técnicas, agora é matéria de “board” — ou seja, chegou às mesas de decisão das diretorias e conselhos de administração.
Por que identidade digital agora é matéria de board Room
A transformação digital ampliou a superfície de ataque em níveis sem precedentes. Pessoas, máquinas, aplicações e APIs precisam ser autenticadas de forma contínua, em um ecossistema distribuído que exige confiança sem fronteiras.
Nesse cenário, a identidade digital torna-se o novo perímetro corporativo — um perímetro lógico que precisa ser protegido com o mesmo rigor que firewalls e data centers.
O que antes era tratado como um tema operacional — login, senha, autenticação — tornou-se um elemento estratégico para a continuidade dos negócios, conformidade regulatória e proteção de reputação. A ascensão das chaves FIDO (passkeys) e da autenticação sem senha reforça esse movimento, oferecendo uma camada de segurança baseada em criptografia assimétrica e reduzindo a dependência de métodos frágeis como senhas e OTPs via SMS.
A revolução silenciosa das passkeys
Como destacou o artigo da Forbes, a adoção de chaves FIDO vem crescendo de forma acelerada. Dados do Passkey Index mostram que 93% das contas de usuários em grandes provedores — como Amazon, Google e TikTok — já são elegíveis para login com chave de acesso, com taxas de sucesso e velocidade muito superiores aos métodos tradicionais.
No Crypto ID, acompanhamos essa tendência em artigos recentes sobre a evolução das passkeys e sobre as novas camadas de confiança que elas estabelecem no ecossistema digital. Esse avanço demonstra que a autenticação deixou de ser um ponto de atrito e passou a ser um ativo de segurança e eficiência — desde que implementada com padrões abertos e interoperáveis.
Governança de identidade e o papel da AET Europe
A discussão proposta por Birch encontra ressonância nas iniciativas de empresas como a AET Europe, referência em soluções de identidade digital e gestão de chaves criptográficas, como ConsentID, BlueX e SafeSign IC.
Para ampliar a discussão trazida por David G.W. Birch e explorar o papel da identidade digital na segurança corporativa, o Crypto ID buscou a visão da AET Europe, uma das referências globais em infraestrutura de confiança digital e gestão de identidade com atuação há mais de duas décadas em projetos governamentais e corporativos de alta segurança.
A AET atua há mais de duas décadas no desenvolvimento de tecnologias que sustentam infraestruturas de confiança em governos, bancos e organizações de missão crítica, ajudando a estabelecer um elo seguro entre identidade, autenticação e autorização.

“A cibersegurança deixou de ser apenas uma questão de proteção — tornou-se uma matéria de identificação confiável de pessoas, máquinas e aplicações. Regulações como o eIDAS 2.0 reforçam essa visão, ao estabelecer uma base comum para identidades digitais verificáveis em toda a Europa — e em outras nações, como o Brasil, onde as políticas de identidade e assinaturas eletrônicas seguem padrões técnicos e regulatórios alinhados às diretrizes europeias, promovendo interoperabilidade, segurança e reconhecimento jurídico internacional”, afirma Luis Correia, Business Development , da AET Europe.
“Estamos acompanhando de perto os avanços da criptografia pós-quântica, que já movimentam a academia e a indústria de segurança da informação. Nosso papel é preparar as instituições para esse novo ciclo, oferecendo soluções de gestão de chaves e identidade digital que garantam resiliência criptográfica no presente — e continuidade no futuro.”
Computação quântica: o novo desafio da segurança digital
Os computadores quânticos representam uma inovação que também traz riscos significativos à segurança dos dados. Capazes de processar informações em velocidades exponencialmente superiores, essas máquinas poderão, no futuro, quebrar algoritmos criptográficos tradicionais e comprometer a proteção de identidades e transações digitais.
Embora o impacto prático ainda esteja a alguns anos de distância, as organizações precisam se preparar agora, adotando estratégias e soluções alinhadas à criptografia pós-quântica (PQC). Para a AET Europe, essa preparação é parte essencial da resiliência digital — antecipar-se às ameaças é o novo paradigma da segurança da informação.
Identidade como eixo da resiliência organizacional
Ao olharmos para o futuro da cibersegurança — marcado por identidades digitais descentralizadas, regulações como o eIDAS 2.0 e o avanço da computação quântica —, a gestão de identidade deixa de ser um recurso técnico e passa a ser um ativo estratégico de governança.
Empresas que tratam identidade digital como prioridade conseguem não apenas mitigar riscos, mas também ganhar velocidade, reduzir custos operacionais e fortalecer a confiança de clientes e parceiros.
Como conclui Birch em seu artigo, “sem enfrentar o desafio da identidade digital, estaremos comprometendo fatalmente nossa segurança, proteção e prosperidade”.
E, diante desse alerta, a mensagem é clara: a segurança da informação só será completa quando a identidade estiver no centro de todas as decisões corporativas.
AET Europa: Construindo Confiança desde 1998
AET Europe: Comemora 25 anos de confiança digital
Identidade Digital
Na era da computação quântica gestão de identidade deixa de ser um recurso técnico e passa a ser um ativo estratégico de governança. Leia mais sobre esse tema aqui!
Inteligência Editorial que Orienta Cenários

Desde 2014, o Crypto ID oferece conteúdo editorial sobre tecnologia, segurança e regulação. Há 11 anos provocamos reflexão que sustentam decisões estratégicas para transformação digital e cibersegurança.





























