Um dos setores que recebeu investimentos foi o financeiro, o que pode ser visto em feitos de fintechs, que misturam tecnologia e finanças
Por Piero Contezini
A tecnologia evoluiu tanto nas últimas décadas que costuma ser difícil comparar a rotina das gerações anteriores com o dia a dia da população atual. Esses avanços não ficaram restritos a uma única área, podendo ser observados nas áreas da saúde, consumo, educação, transportes, marketing, entre outras.
Um dos setores que recebeu grandes investimentos nos últimos anos foi o financeiro, o que pode ser percebido pelos aportes feitos em fintechs, empresas que misturam as áreas de tecnologia e finanças, que atingiram US$ 311 milhões em novembro de 2021, segundo os dados da plataforma de inovação Distrito. Ainda de acordo com a pesquisa, as startups brasileiras conquistaram US$ 8,85 bilhões em investimentos apenas entre janeiro e novembro do mesmo ano.
Esses dados comprovam que as empresas que estão investindo em novas tecnologias, como diferentes soluções de pagamento, reconhecimento facial, infraestrutura em nuvem e ferramentas automatizadas e descentralizadas, devem conquistar ainda mais espaço no mercado, atraindo novos públicos e investidores.
A hiper automação, por exemplo, é considerada uma das principais tendências para os próximos anos, já que engloba inúmeras ferramentas tecnológicas (inteligência artificial, mineração de dados, automação robótica de processos – RPA, etc.) de modo a permitir a execução de atividades técnicas sem a necessidade de intervenção humana.
Neste contexto de rápida transformação tecnológica, as empresas precisam estar sempre muito atentas quanto à implementação de novas ferramentas, treinando seus colaboradores para lidarem com elas e adaptando o trabalho para novos formatos.
Com a oferta de produtos e serviços cada vez mais automáticos e descentralizados é possível abrir as portas do mercado para a implementação de novos conceitos e transformar a maneira como as empresas e as pessoas lidam com as suas próprias finanças.
Pensando nisso, é crescente o número de companhias investindo em protocolos de DeFi (Decentralized finance ou Finanças Descentralizadas), por exemplo, que podem ser definidos como o grupo de atividades financeiras que funcionam em blockchain, espécie de banco de dados compartilhado, publicamente auditável e imutável.
As operações em protocolos DeFi são realizadas por contratos inteligentes que não dependem de entidades centralizadoras, como governos e bancos tradicionais. Desta forma, esse sistema permite mais transparência e liberdade para as transações financeiras.
Atualmente, os personagens principais das DeFi são as plataformas e corretoras de criptomoedas, moedas digitais descentralizadas e protegidas por criptografia, que permitem a transação de criptoativos sem o intermédio de outras organizações. A expectativa é que o mercado financeiro tradicional passe por uma grande transformação, ficando cada vez mais integrado ao universo das criptomoedas.
Assim como acontece com qualquer sistema inovador, há alguns anos as criptomoedas eram vistas de forma pejorativa pelo mercado, que as atrelavam a atividades ilícitas e não convencionais. Porém a demanda por esses ativos cresceu tanto que até mesmo os bancos tradicionais passaram a criar soluções voltadas para a área de criptomoedas. A mais famosa delas, o bitcoin, já atingiu cotações milionárias, chegando a valer mais de US$ 66 mil.
Com esse movimento, algumas companhias que decidiram investir em protocolos de DeFi já estão à frente neste cenário, tornando-se cada vez mais independentes e contribuindo com a descentralização financeira.
O uso dessas e outras ferramentas pelo mercado e principalmente pelas fintechs, representa um grande passo na transformação digital do planeta, permitindo que as empresas continuem a oferecer serviços de qualidade, de forma cada vez mais transparente, econômica e segura.
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