Como parte de um conceito muito maior, o Open Insurance é mais uma das novas facetas da digitalização do sistema financeiro
Junto de outras iniciativas, como Open Banking e Open Investment, ele engloba os esforços do mercado para tornar a vida dos consumidores mais prática. Sobretudo quando se trata de lidar com suas finanças e outros serviços relacionados.
Tudo isso faz parte de um projeto muito maior, que é o Open Finance, e que promete mudar definitivamente o mercado financeiro. Especialmente com o Open Insurance, a transformação será fundamental para o mundo dos seguros.
Para você entender mais sobre o que o futuro nos espera, hoje, vamos falar sobre Open Insurance. Confira!
O que é Open Insurance?
Para explicar sobre Open Insurance, teremos que falar sobre Open Finance. Isso porque esse é um conceito base para todas as outras novidades que surgiram. Ele consiste em dar ao consumidor a propriedade sobre as suas informações que antes pertenciam às empresas.
Exemplificando, se um banco tem o seu perfil do investidor, esse dado não fica restrito a essa instituição. Outras financeiras poderão ter acesso, inclusive, para oferecer produtos personalizados.
Portanto, no caso do Open Insurance, o foco é nas empresas de seguro. A ideia é determinar regras e padronizar o compartilhamento de informações entre essas diferentes instituições. Tanto que a tradução para Open Insurance é Sistema de Seguros Aberto.
A partir dessa iniciativa, os clientes de empresas de seguro, previdência complementar aberta e capitalização poderão compartilhar os dados entre si, mediante, é claro, a autorização dos consumidores.
O ecossistema Open
Em 2015, a Europa foi o primeiro continente a adotar a ideia de compartilhamento de dados entre os bancos. Naquele ano, o Parlamento Europeu adotava a PSD (Diretiva de Serviços de Pagamento).
Um ano depois, a Competition and Markets Authority, responsável por regularizar o mercado local, também aprovou a ideia e, dois anos depois, os bancos passaram a incorporar as regras.
Esse movimento serviu de inspiração para outros países, entre eles o Brasil. Em 2019, por iniciativa do BC (Banco Central), começava a discussão sobre o Open Banking e a ideia de um sistema aberto.
Quando começará o Open Insurance?
De acordo com a SUSEP (Superintendência de Seguros Privados), o órgão responsável por regular as empresas do setor privado, o plano para a implementação do Open Insurance no Brasil tem três fases. A seguir, veremos quais são!
– Fase 1
Chamada de Open Data, ela acontecerá a partir de dezembro de 2021 e cuidará das questões burocráticas da implementação. Será feito um levantamento das empresas, canais de atendimento e produtos relacionados.
– Fase 2
Agora, começa a fase de compartilhamento de dados dos consumidores. Prevista para setembro de 2022, será um período em que os clientes poderão fornecer suas informações para cadastro, além de registrá-los em dispositivos eletrônicos.
– Fase 3
A última fase tem previsão para ser implementada em dezembro de 2022. Corresponde ao acesso aos serviços de seguros, como produtos, resgate ou portabilidade, modificações etc. pelos consumidores.
Quais são as funcionalidades do Open Insurance?
Primeiramente, uma das principais funcionalidades de um sistema como o Open Insurance é a alta capacidade de compartilhamento. Com a tecnologia disponível por esse sistema, será possível partilhar serviços, produtos e informações de uma maneira muito rápida e prática.
Além disso, serão desenvolvidas APIs (Application Programming Interfaces) abertas. Ferramentas que facilitarão a comunicação entre as empresas. A ideia é que o Open Insurance determine diretrizes para que esses APIs funcionem, principalmente, para que estejam de acordo com o que foi determinado no sistema maior — Open Finance.
Além disso, o acesso às APIs poderá oferecer o compartilhamento de informações entre:
– empresas;
– instituições financeiras;
– startups;
– entre outras.
O sistema deverá ser fluido e funcionar online, oferecendo a possibilidade de o consumidor acessar seus dados e solicitar o compartilhamento para outras instituições, escolhendo quando quer parar.
Para as empresas, elas poderão criar plataformas compartilhadas. Um ecossistema em que produtos e serviços serão apresentados para o cliente e ele escolherá aquele que o mais agrada.
Como o Open Insurance beneficia o usuário final?
O aumento de ofertas mais competitivas é um dos grandes benefícios para os consumidores. Visto que ele poderá comparar serviços e produtos, além de tudo que estiver relacionado com o que a empresa oferece, como o atendimento, benefícios, preços etc.
As instituições serão obrigadas a se esforçarem para desenvolver ofertas personalizadas, de acordo com quem o consumidor é. As empresas passarão a investir mais em processos de inovação, visando satisfazer mais e mais os clientes.
Qual é a diferença entre Open Insurance e Open Banking?
Primeiramente, vamos falar do que é igual em ambos: a posse dos dados é do cliente, assim como a permissão para compartilhá-los. Porém, são sistemas que têm um foco totalmente diferente em termos de serviços e produtos. Como vimos nos tópicos anteriores, o Open Insurance está focado nas empresas de seguros e seus produtos.
O Open Banking, por sua vez, está relacionado às instituições financeiras, sejam bancos ou fintechs.
A ideia é que a partir do compartilhamento dos clientes, mediante a autorização, essas empresas possam oferecer serviços e produtos personalizados.
Além disso, o cliente de um banco não terá obrigação de ficar preso ao atendimento da instituição. Ele terá a liberdade de fazer uma poupança em outro banco, sem a necessidade de fazer uma conta, por exemplo.
Como a segurança passa a ser tratada no Open Insurance?
A segurança é um dos pilares para o funcionamento de todo o sistema Open Finance. No caso do Open Insurance, a ideia é que todo o processo seja regularizado não só pela SUSEP e esteja de acordo com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados).
A primeira desenvolverá os conjuntos de normas para que as empresas possam operar. Todos os serviços e produtos oferecidos serão regulados e monitorados, principalmente pelo risco do compartilhamento das informações dos clientes.
Caso algo aconteça, como vazamento de dados, as instituições serão responsabilizadas e terão que prestar contas judicialmente.
Qual é a relação entre o certificado digital e o Open Insurance?
Um certificado digital corporativo atua como reforço na proteção de dados próprios e dos usuários, por meio de suas criptografias.
A sua função é criar identidades digitais, por isso, dispõe de autenticidade e validade jurídica e permite que o usuário movimente dados e assine documentos com mais liberdade, comodidade e confiança
No Open Insurance, ele oferece mais segurança ao tráfego de informações compartilhadas, atuando com interoperabilidade, promovendo transparência e qualidade dos dados.
Ou seja, a solução proporciona uma comunicação segura entre as APIs e assinatura de mensagens no âmbito do Open Insurance.
Nos próximos anos, com o avanço crescente da tecnologia, como Big Data, Inteligência Artificial e IoT (internet das coisas), a nossa forma de viver passará por grandes transformações.
Isso não seria diferente nos processos financeiros, com o compartilhamento de dados e as diretrizes para a sua manutenção, iniciativas como o Open Insurance são apenas o início da digitalização do mercado.
Certificados Digitais Open Banking servem para o Open Insurance?
Sim! E aqui na Serasa Experian temos os 4 modelos que atendem aos requisitos tanto do Open Banking, quanto do Open Insurance. São eles:
– Certificado Autenticador de Servidor: é emitido para proteger e autenticar o canal TLS utilizado pelas APIs;
– Certificado SSL Open Banking (Cliente/ Transporte): autentica o canal MTLS;
– Certificado PJ Open Banking (Assinatura): realiza a assinatura do payload;
– Protectweb PRO EV (Front-End): disponibiliza os serviços por meio de TLS. Garante maior interoperabilidade.
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