Os hackers investem mais em tecnologia e aprimoramento do que a maioria das empresas, que são o foco das quadrilhas de golpistas
Por Afonso Morais

O lado negativo é que isso também aumenta o risco de crimes. Fato é que hoje se tem muitos sequestros de pessoas devido a facilidades de obter dinheiro com ferramentas como o PIX.
Contudo, outro dado que assusta é que cresce o número de sequestros no mundo virtual.
Isso pelo fato de os hackers estarem sempre um passo à frente da maioria das pessoas, utilizando da tecnologia para raptar dados, contas e informações das pessoas e das empresas.
Casos não faltam no meio empresarias de casos de sequestro dos dados, o que impossibilita o acesso dos colaboradores aos servidores, isso prejudica em muito as operações e até mesmo a rentabilidade dos negócios.
Importante ter em mente que todos (empresas e pessoas) estão expostos a situações semelhantes. Ninguém tem proteção total contra fraudes, basta um pequeno descuido para ser exposto.
Exemplos é a captura dos dados ao clicar em um link suspeito, onde é instalado um vírus, ou a invasão pela internet por hackers.
Para as empresas, nesses casos se tem a tendência de prejuízos e consequências muito maiores, devido ao valor envolvido nas transações, relacionamento com dados e informações de diversos clientes e fornecedores, inclusive com sequestro de todos dados que paralisam totalmente uma empresa e pedido de resgate para liberar os arquivos da empresa.
Ocorre que geralmente as empresas médias e grandes, que tem orçamento para investir em segurança digital, não investem mais que 5% do lucro aplicação na prevenção da segurança digital, seja em equipamentos de ponta, no treinamento de pessoal de TI, campanhas de informação aos seus consumidores. Isso é pouco, e para as pequenas empresas a situação se complica.
Como se pode observar, parece que os hackers investem mais em tecnologia e aprimoramento do que a maioria das empresas grandes e médias, que são o foco das quadrilhas de golpistas. Que ainda enfrentam outro problema: a falta de mão obra qualificada.
Assim ocorrem casos com os mais variados tipos de empresas e pessoas, com grandes impactos para negócios e finanças.
É importante ressaltar que, quanto maior o investimento em tecnologia, menores as chances de ataques.
Exemplos dessas ações são, por exemplo, backup armazenado em outro local, físico ou nas nuvens, com internet em outra rede. Monitoramento por TI e softwares 24 horas, 7 dias por semana e teste de hackeamento.
Outro ponto para combate desse mal do mundo moderno é a educação e conscientização das pessoas em relação ao tema.
A grande maioria dos sequestros ocorrem por falta de cuidados dos usuários. Esses clicam e acessam sites suspeitos, dentre outras ações que aumentam a vulnerabilidade.
Ponto relevante é ter em mente que o investimento de tecnologia e proteção são caros, contudo, os impactos que sequestros podem ocasionar para as empresas e pessoas são muito maiores.
Além disso, a educação tem papel primordial, pois tem um custo muito menor e também proporciona ótimos resultados. Assim é fundamental cada vez mais a divulgação de formas de proteção para combater esses crimes.
Sobre o Autor
Afonso Morais – CEO da Morais Advogados Associados e especialista em recuperação de crédito, direito digital e fraudes. Está à frente do Canal Falando de Fraudes.
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