Ninguém está livre de olhares alheios e é fato mais do que comprovado que você pode ser espionado pela sua webcam.
Hackers ou adolescentes entusiastas da TI têm acesso a ferramentas fáceis de se usar, incluindo técnicas de phishing para “sequestrar” câmeras de pessoas inocentes, armazenar imagens e vídeos delas em situações embaraçosas que, na maioria das vezes, são enviadas para sites mal intencionados.
Além disso, há também vários registros de espionagem de governos e agências estatais de inteligência.
Isso acontece não só em câmeras web tradicionais de computador ou nas embutidas no laptop, mas também em smartphones – inclusive quando desligados, pois há ferramentas maliciosas que agem nos celulares em modo de hibernação.
Muitas pessoas acham que suas vidas não são tão interessantes assim para serem espionadas, mas na verdade é muito fácil que alguém consiga infectar seu dispositivo e invadir sua privacidade visando alguma vantagem indevida.
Diante do exposto, só confie na sua câmera quando você a estiver usando por algum motivo, como para tirar selfies ou conversar no Skype, e lembre-se sempre que, mesmo com a luz indicadora da webcam informando que ela está desligada, o problema não está resolvido.
Daí a vital importância do uso de uma capa deslizante para proteção de sua câmera web – uma Webcam Cover – seja em seu smartphone, tablet, laptop ou estação de trabalho.
*Paulo Pagliusi é Diretor da consultoria em Cyber Risk Services da Deloitte. Líder do GT de Segurança da Associação Brasileira de Internet das Coisas (ABINC), Vice-Presidente da Cloud Security Aliance (CSA) – Brazil Chapter e Diretor do ISACA Rio Chapter, onde obteve a certificação CISM. Considerado um dos Consultores mais renomados do País, com experiência de mais de 20 anos atuando em gestão estratégica de Riscos Cibernéticos. Ph.D. in Information Security, pela Royal Holloway, University of London, com Mestrado em Ciência da Computação pela UNICAMP e extensão em Análise de Sistemas pela PUC-Rio. Autor de livro, articulista ativo e conferencista atuante, instrutor de Pós-Graduação em Segurança da Informação do IBMEC, foi membro externo de mais de uma dezena de bancas examinadoras de Doutorado e Mestrado. Capitão-de-Mar-e-Guerra da reserva da Marinha, é um dos mentores do Cyber Manifesto, que tem o objetivo de estimular o apoio e a criação de uma visão compartilhada para proteger o Brasil de ataques cibernéticos. Referência para o governo brasileiro como especialista no caso Snowden, durante as audiências públicas da Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado Federal criada para investigar a espionagem norte-americana. Colunista do Crypto ID.
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