Revista Locaweb
Edição 72
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Fundadoras da agência de publicidade Insania criaram, em 2014, o primeiro portal do Brasil voltado apenas para disseminar a importância da criptografia e identificação nos dias atuais
[ Leo Alves / Fotos: Mário Bock / Produção: Beth Macedo ]
Nem todos os usuários conseguem reparar, mas desde 2016 o WhatsApp informa ao iniciar uma conversa que as mensagens estão criptografadas de ponta a ponta. Isso mostra que a codificação dos conteúdos está presente empraticamente tudo o que é feito nos dias atuais. No caso do aplicativo, a função desse cadeado é proteger os participantes da conversa de ataques de terceiros. Apenas quem está trocando as mensagens tem acesso ao conteúdo transmitido, já que é protegido de terceiros por códigos indecifráveis para evitar invasões
Embora esteja amplamente presente, muitas pessoas ainda não sabem da importância do assunto. Pensando em difundir o conhecimento sobre essa tecnologia, a publicitária Regina Tupinambá e a economista Susana Taboas criaram, em 2014, o portal CryptoID. “A criptografia existe desde antes de Cristo. As mensagens eram codificadas com as palavras sendo escritas erradas ou até mesmo ao contrário. Hoje, ela está presente na maioria dos sites”, explica Regina.
Além do site, as empresárias administram a agência de publicidade Insania, em São Paulo. As duas são amigas há 20 anos e se conheceram quando trabalharam juntas na Certisign, uma das maiores autoridades certificadoras do mercado. A experiência profissional fez despertar o interesse da dupla pelo lado da segurança virtual. “Apaixonei-me completamente pela certificação digital, acho uma área impressionante”, conta Regina. “Ela não é mais uma tecnologia, ela é ‘a’ tecnologia. Sem ela, hoje não seria possível fazer nada online de forma confiável.”
O interesse pela área reflete até mesmo na hora de fechar contratos com clientes. “Aqui na agência, a maioria dos termos que fechamos são assinados pelo portal de assinatura, com nossa certificação digital”, declara Regina. “Isso proporciona facilidades como não ter que se locomover para assinar fisicamente, bem como a segurança da proteção das informações.”
Início no blog
Antes de iniciar o portal, Regina criou um blog dedicado à área de segurança, em 2010. Para sua própria surpresa, a página fez muito sucesso e foi o embrião para o que se tornou o CryptoID nos dias atuais. Como recebia muitos e-mails de leitores, a empresária decidiu ampliar a página e criar um veículo exclusivo sobre o assunto.
Ao contrário de outros portais sobre tecnologia, o CryptoID publica apenas notícias sobre identificação digital.
“Caso saia um novo smartphone, por exemplo, só vamos falar dele se houver algo ligado à nossa área”, conta Regina, que atua como diretora de conteúdo do portal.
“Muitas pessoas dizem que nossas notícias não têm prazo de validade, e isso é verdade, pois nosso objetivo é gerar conhecimento”, explica. “Por exemplo: se estamos falando sobre uma invasão, nossa ideia não é apenas relatar o que houve, mas mostrar quais são as soluções para que esse tipo de ataque não aconteça mais.”
Além de publicar textos sobre criptografia, o site escreve e divulga conteúdo sobre identidade virtual. “Essa tecnologia vai além da biométrica convencional, pois considera outros itens, como a voz da pessoa, o jeito de andar e até a velocidade em que a assinatura é feita. Essa técnica ainda não existe no Brasil, mas no exterior já é usada até mesmo em viagens de cruzeiro”, afirma Regina.
Visual limpo
As criadoras do CryptoID procuram sempre tomar cuidado com o visual do site. O objetivo é manter a página com layout simples e intuitivo, de modo que as notícias estejam sempre em destaque. “Até mesmo as propagandas são apenas de empresas relacionadas a nosso conteúdo, como certificadoras digitais. E nenhum banner pode atrapalhar a leitura”, explica Regina.
Com uma média de 40 mil acessos por mês, a publicitária está satisfeita com o alcance do portal. Mesmo compartilhando os textos nas principais redes sociais, não costuma impulsionar as notícias para obter mais acessos. Segundo Regina, isso faz com que somente seu público-alvo seja atingindo. “Também fica algo mais orgânico. Uso muito SEO para ter um melhor desempenho no Google, mas nossa ideia é que apenas quem se interessa pelo assunto seja alcançado.”
Para manter o site, as empresárias adotam um servidor dedicado da Locaweb. “Recorremos a ele por duas razões. Primeiro, para ter mais velocidade. E, segundo, para termos um certificado SSL – EV, de Validação Estendida, mais forte que os convencionais”, finaliza Regina. //
Mais detalhes sobre as empreendedoras em https://insania.com.br e http://localhost/crypto-novo.