Relatório da empresa de cibersegurança revela que 17% dos consumidores brasileiros já tiveram acesso a serviços financeiros dificultados devido a informações publicadas em suas mídias sociais; entenda por que os sistemas de social rating merecem mais cuidado
Cerca de um em cada cinco consumidores brasileiros já teve problemas de acesso a serviços financeiros por causa de informações publicadas em suas redes sociais.
É o que revela o novo relatório da Kaspersky, intitulado Créditos sociais e segurança: adotando o mundo das avaliações, que analisou como os sistemas de pontuação social (social rating) têm interferido na vida das pessoas, bem como os cuidados que governos e empresas precisam ter ao implementar essas ferramentas.
Embora os sistemas de avaliação social tenham se tornado mais comuns, sendo inclusive usados em muitos países e setores, sua aplicação exige mais atenção, pois podem ter impactos negativos. Segundo as constatações do relatório da Kaspersky, 17% dos consumidores brasileiros já enfrentaram dificuldades para obter empréstimos ou financiamentos por conta de informações publicadas em suas redes sociais.
Os usuários entre 25 e 34 anos – justamente os que mais utilizam os sistemas de pontuação – são também os mais afetados: 26% dos consumidores dessa faixa etária passaram por esse problema.
Ainda que existam regulamentações conhecidas para a pontuação de crédito baseada no comportamento financeiro, os especialistas da Kaspersky apontam para a falta de uma estrutura que permita às pessoas conhecerem abertamente sobre os sistemas que coletam informações pessoais de seus perfis online. O relatório sugere que as pessoas estão dispostas a compartilhar dados particulares para obter melhores índices de avaliação, descontos ou serviços especiais.
Porém, um quarto (25%) dos respondentes no Brasil declarou que não compartilharia seus perfis com a finalidade de acelerar as verificações de histórico do cartão de crédito. Um grupo um pouco menor não se sente confortável em compartilhar esse tipo de informação pessoal para garantir um lugar em uma ótima escola para uma criança (21%) ou um apartamento melhor para alugar (16%).
“No mundo digital de hoje, os sistemas de pontuação social logo serão mais comuns, tornando-se não apenas uma opção, mas parte integrante de muitos serviços. No entanto, a pesquisa da Kaspersky destaca que há um número significativo de pessoas que não desejam compartilhar suas informações privadas para garantir um tratamento especial. Essas opiniões não podem ser ignoradas e, conforme os desenvolvedores incorporam algoritmos de IA nas avaliações sociais, os interesses de todos devem ser considerados, assim como as questões de confiança e transparência”, comenta Marco Preuss, diretor da Equipe de Pesquisa e Análise Global da Kaspersky .
Governos geram mais desconfiança
Enquanto as empresas tentam tirar proveito da tecnologia e dos dados de consumidores de maneiras inovadoras, os usuários também consideram a quais organizações podem confiar suas informações. O relatório da Kaspersky revelou que 74% dos participantes acreditam que seus dados estejam seguros nas mãos de operadores de serviços médicos, bancos ou empresas de seguros, enquanto cerca de 53% confiam em compartilhar seus dados com governos.
“O principal objetivo de um sistema de pontuação social é medir e aumentar o nível de confiança, tanto no mundo digital quanto no real. Ao mesmo tempo, para que funcione, o sistema exige a confiança do público e ela depende de vários fatores: contexto econômico, social e cultural, nível de confiança geral, confiança nas entidades e a confiança no mundo digital. Todas elas variam de um país para outro. Portanto, a decisão sobre a criação e implementação de um sistema de pontuação social, pelo menos em curto prazo, é de cada país. Para se tomar esta decisão, além das preocupações óbvias sobre privacidade de dados e segurança, é preciso considerar com cuidado quais concessões aquela sociedade está disposta a fazer, em quem a sociedade está disposta a confiar para projetar e operar o sistema, e como o sistema será implementado e regulamentado”, comenta Chengyi Lin, professor associado de estratégia da INSEAD .
A Kaspersky recomenda que os consumidores tomem as seguintes medidas para proteger sua privacidade ao compartilhar informações pessoais online:
• Tenha consciência das informações pessoais que você compartilha online e das pessoas que têm acesso a suas contas pessoais. Você pode usar o serviço Privacy Checker da Kaspersky para descobrir como alterar as configurações de privacidade de serviços online para assumir o controle de seus dados pessoais.
• Compartilhar informações tem benefícios, mas apenas com os serviços corretos. Uma pesquisa online pode oferecer descontos em sua marca favorita, mas, com isso, a empresa pode saber mais sobre você do que você gostaria. Leia sempre os termos de uso para avaliar os riscos e vantagens de suas atividades online.
• Proteja sua privacidade online com uma solução de segurança confiável, como o Kaspersky Security Cloud, que oferece o recurso Não Rastrear para evitar o rastreamento online em sites e coletam informações sobre você.
Para obter mais informações sobre o relatório, visite o blog da Kaspersky (conteúdo em inglês).
Sobre a Kaspersky
A Kaspersky é uma empresa internacional de cibersegurança fundada em 1997. Seu conhecimento detalhado de Threat Intelligence e especialização em segurança se transformam continuamente em soluções e serviços de segurança inovadores para proteger empresas, infraestruturas industriais, governos e consumidores finais do mundo inteiro. O abrangente portfólio de segurança da empresa inclui excelentes soluções de proteção de endpoints e muitas soluções e serviços de segurança especializada para combater ameaças digitais sofisticadas e em evolução. Mais de 400 milhões de usuários são protegidos pelas tecnologias da Kaspersky e ela ajuda 250.000 clientes corporativos a proteger o que é mais importante para eles. Saiba mais em https://www.kaspersky.com.br.
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