A capacitação leva em conta habilidades interpessoais, as “soft skills”, e habilidades técnicas, as “hard skills”
Movimento é paranaense, mas foca no treinamento na área de TI para suprir carência nacional. Organização segue na captação de empresas e de oportunidades.
As áreas de tecnologia são carentes de mão de obra especializada. Alguns estudos de mercado mostram que, no Brasil, essa lacuna será equivalente a mais de 400 mil postos de trabalho até o final deste ano. Ao mesmo tempo, para a próxima década, a projeção de crescimento para empregos no setor CTEM (ciência, tecnologia, engenharia e matemática) é 40% maior em comparação aos setores que não são dessas áreas.
No intuito de impulsionar a preparação de profissionais para esse mercado tão amplo, a Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro-PR) e o Governo do Paraná, em parceria com o Núcleo Softex Campinas (NSC) – associação das empresas de software que atua em todo o Brasil –, Sebrae e Fundação Araucária, lançaram há pouco mais de um mês um projeto de capacitação tecnológica que tem como missão especializar mão de obra para a área de tecnologia da informação e suprir a forte demanda. Denominado TechDev PR, a meta, que era a promoção de treinamento para até mil inscritos da região em seis meses, foi não só superada como ultrapassa em níveis espantosos.
“Resultado surpreendente: temos uma adesão de quase 6 mil pessoas na plataforma apenas neste primeiro mês”, afirma o diretor de Projetos e Negócios Internacionais da Assespro-PR, Izoulet Cortes Filho. Vale lembrar que a expectativa inicial era de atender mil profissionais formados em um período de meio ano. Os dados que somam quase 6 mil são do mais recente relatório, extraído no dia 18 de abril.
A adesão de empresas interessadas em disponibilizar vagas vem ocorrendo gradualmente: algumas já estão inscritas no projeto e, outras, estão em fase final do termo de cooperação. Dez estabelecimentos já sinalizaram positivamente à proposta.
“Estamos criando um incrível ciclo virtuoso, em que as empresas terão mais opções de profissionais capacitados, em menos tempo e sem custos, o que certamente resultará em mais soluções inovadoras no Paraná, despertando ainda mais jovens a participarem do programa”, disse o presidente da Assespro-PR, Lucas Ribeiro, no lançamento do projeto, no Palácio Iguaçu.
O TechDev é apoiado por uma grande rede, como a empresa Furukawa, especializada em soluções para infraestrutura de telecomunicações e TI, além dos Sistemas Regionais de Inovação (SRI), do Núcleo de Tecnologia da Informação (NTI), dos sindicatos patronais e da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti).
Capacitação
O projeto tem a plataforma Workover como base tecnológica para a realização dos cursos. Ela traz mais de 30 jornadas formativas dentro da área de TI, com uma série de trilhas de formação e conteúdos gratuitos. A capacitação leva em conta habilidades interpessoais (soft skills) e técnicas (hard skills). “As pessoas serão avaliadas e poderão postular uma vaga de emprego na plataforma”, explica Izoulet.
Os cursos oferecidos pelo programa capacitarão profissionais para atuarem em atividades de concepção, desenvolvimento, publicação, manutenção e evolução de produtos e sistemas de base tecnológica, não somente em empresas que desenvolvem software, mas também em qualquer tipo de empresa que demande profissionais da área de sistemas e computação. Os candidatos terão contato com as tendências mais recentes em desenvolvimento de software, design e empreendedorismo.
Como participar
O TechDev é gratuito, tanto para as empresas quanto para os interessados na capacitação. Interessados podem se inscrever gratuitamente nos cursos disponíveis pelo link: https://workover.com.br/upskill-pr. Empresas que queiram participar, precisam procurar a Assespro (https://assespropr.org.br/techdev/), estabelecer a cooperação e ter as vagas divulgadas.
LGPD: nova roupagem às carreiras atuais e do futuro
Esforços de transformação digital mudando empresas, carreiras, equipes em múltiplas frentes
O impacto da tecnologia no crescimento da descentralização financeira