Prevenção é a chave para manter a integridade e confidencialidade das informações e garantir a sobrevivência das operações
Num ambiente de negócios fortemente digital como o que vivemos, a cibersegurança tornou-se uma preocupação central.
Por isso, trazemos aqui cinco medidas essenciais que entidades e empresas podem e devem adotar para proteger as suas informações e assegurar a continuidade das operações com segurança e eficiência.
De acordo com o Dr. Paulo Silva, especialista em Segurança da Informação e diretor de Consultoria da Tracker Segurança da Informação no Brasil e Portugal, a cibersegurança é uma das questões mais urgentes no nosso cenário digital.
“Para proteger informações sensíveis e garantir a continuidade dos negócios, é vital adotar medidas proativas. Isso inclui a realização periódica de testes de cibersegurança, formação regular dos colaboradores, planos sólidos de continuidade de negócios, procedimentos eficazes de gestão de acessos e testes práticos para avaliar a resiliência da equipa face a ameaças, como o phishing. A prevenção é a chave para manter a integridade e confidencialidade das informações e garantir a sobrevivência das nossas operações num mundo cada vez mais digital”, explica este especialista, que acumula mais de 15 anos de experiência em consultoria e auditorias de Segurança da Informação, Segurança Cibernética, Privacidade e Proteção de Dados Pessoais, além de ser professor de pós-graduação e autor de diversos artigos publicados internacionalmente.
Confira as cinco orientações por ele destacadas como essenciais.
1 – Testes de cibersegurança periódicos
Realizar testes regulares de cibersegurança na rede de computadores da empresa ou entidade é uma prática que visa identificar e corrigir vulnerabilidades nos sistemas e redes.
Um exemplo prático disso envolve a simulação de um ataque de intrusão em que profissionais de segurança tentam aceder aos sistemas da empresa, como um “teste de intrusão”. Os resultados destes testes ajudam a fortalecer a segurança, corrigindo falhas e protegendo dados sensíveis.
2 – Formação em cibersegurança para colaboradores
Formar periodicamente os colaboradores em cibersegurança é fundamental para criar uma cultura de segurança dentro da organização.
Um exemplo prático envolve a realização de simulações de e-mails de phishing para os funcionários. São enviados e-mails falsos que se assemelham a comunicações legítimas para testar a capacidade dos colaboradores de identificar tentativas de fraude. Isto ajuda a evitar que os funcionários cliquem em ligações maliciosas ou revelem informações confidenciais.
3 – Planos de continuidade de negócios
Planos de continuidade de negócios são essenciais para assegurar que uma empresa possa continuar as suas operações após um incidente de cibersegurança.
Um exemplo prático envolve a criação de cópias de segurança regulares dos dados críticos e a implementação de procedimentos para uma rápida recuperação após um ataque. Se, por exemplo, um ataque de ransomware bloquear o acesso aos dados, as cópias de segurança permitem que a empresa restaure as informações, sem pagar um resgate.
4 – Procedimentos de gestão de acessos
A gestão de acessos envolve um rigoroso controlo das credenciais de acesso à rede e sistemas. Um exemplo prático inclui a implementação da autenticação de dois fatores (2FA) para garantir que apenas pessoas autorizadas tenham acesso.
Isso significa que, mesmo que alguém obtenha as credenciais de login, o acesso só é concedido após a verificação da identidade através de um segundo fator, como um código enviado por SMS.
5 – Testes proativos de golpes por e-mail (Phishing)
Testes proativos de golpes por e-mail, também conhecidos como phishing, ajudam a avaliar a vulnerabilidade dos colaboradores a ataques de engenharia social.
Um exemplo prático envolve o envio de um e-mail simulado aos funcionários, solicitando que cliquem num link ou revelem informações confidenciais. Os colaboradores que caem neste teste podem ser treinados e sensibilizados para os perigos do phishing.
A adoção destas cinco medidas essenciais ajuda as entidades e empresas a reforçarem a sua postura em matéria de cibersegurança, protegendo informações críticas e garantindo a continuidade das operações num ambiente digital em constante mudança.
A cibersegurança deve ser uma prioridade contínua, e a preparação para enfrentar ameaças é uma parte fundamental da estratégia de negócios de qualquer organização.
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