Por Julio Cosentino*
A contabilidade é uma das profissões mais antigas do mundo. Existem registros do uso dela, de maneira simplificada, com os fenícios, que contabilizavam o que era realizado em cada transação – a venda e o dinheiro recebido. Também já foram encontrados escritos da Babilônia, que mostravam a cobrança de impostos. Já a contabilidade moderna podemos creditar para Luca Pacioli.
O livro “Summa de Arithmetica, Geometria, Proportioni et Proportionalità” (Conhecimentos de Aritmética, Geometria, Proporção e Proporcionalidade), no qual foi exposto o método das Partidas Dobradas, de 1494, trouxe para o mundo um novo olhar, uma nova realidade. Na época, representou modernidade, mas, hoje, está obsoleto diante do papel que o contabilista desempenha nas empresas.
Hoje, sabemos que o contabilista não é mais aquele profissional que chega no escritório do cliente com o livro de contas a pagar e receber, ou até mesmo dos tributos, debaixo do braço e apenas informa o empresário sobre andamento dessas atividades. Os processos se digitalizaram na mesma medida em que os contabilistas aprimoraram seus conhecimentos, tornando-se conselheiros e peças fundamentais na tomada de decisão. Essa relevância pode ser traduzida em número: hoje, no Brasil, existem mais de 530 mil profissionais da contabilidade, sendo que, destes, mais de 180 mil são contabilistas técnicos, de acordo com dados do Conselho Federal de Contabilidade.
Junto com a digitalização chegou a esses profissionais a exigência do uso do Certificado Digital, que gerou uma transformação importante e exigiu flexibilidade e mudança de hábitos. Rapidamente, eles aderiram à tecnologia e desde então tornaram-se os maiores incentivadores do uso dela. Afinal, com o Certificado eles ganharam mais agilidade na rotina do escritório e transparência nos processos. Ganharam também qualidade de vida e mais tempo para se dedicarem à gestão dos negócios: do próprio e de seus clientes.
Neste dia especial, 25 de abril, deixo meu agradecimento a esses profissionais comprometidos com o desenvolvimento das empresas e, consequentemente, do país.
*Julio Cosentino é vice-presidente da Certisign e presidente da ANCD (Associação Nacional de Certificação Digital).