O lançamento foi no Fórum RNP, principal evento da entidade, que acontece até quinta-feira (31), em Brasília
Universidades, instituições de pesquisa e hospitais universitários vão ser beneficiados
A RNP (Rede Nacional de Ensino e Pesquisa) lançou nesta terça-feira (29) o Centro de Operações em Segurança (SOC – Security Operation Center), que vai monitorar em tempo real ataques cibernéticos a universidades, instituições de pesquisa e hospitais universitários.
O lançamento foi no Fórum RNP, principal evento da entidade, que acontece até quinta-feira (31), em Brasília.
Localizado em Brasília, o SOC-RNP terá a capacidade de monitorar em tempo real as principais ameaças cibernéticas ao Sistema RNP, que atende mais de 500 instituições e mais de 4 milhões de usuários.
O Centro permitirá responder aos incidentes de segurança de forma mais imediata, além de criar a capacidade de gerar inteligência de ameaças e possibilitar maior visibilidade do cenário de cibersegurança.
“Hoje, mais do que antes, é importante não apenas corrigir e intervir em incidentes, mas também antever e prever. O SOC-RNP é um modelo que está sendo inaugurado. E a nossa meta em 3 anos é ter outros 6 centros regionais operando em conjunto, para que possamos ter um sistema robusto para antecipar, prever e nos apoiar a ter um ambiente seguro na rede acadêmica brasileira“, ressaltou Nelson Simões, diretor-geral da RNP.
O secretário-executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luis Manoel Rebelo Fernandes, destacou que a segurança cibernética das instituições de ensino e pesquisa também têm papel na soberania nacional.
“Em torno da rede da RNP transmitimos não só informação, mas sobretudo conhecimento e desenvolvimento. É fundamental ter segurança para que a rede opere, mas é fundamental também do ponto de vista da soberania. Soberania não só do Brasil, mas também uma que viabilize a integração latino-americana”, afirmou.
O SOC-RNP visa contribuir para a melhoria da segurança de todo o ecossistema de ensino, pesquisa e inovação. Dados da Check Point Research mostram que as instituições desta área sofrem cerca de 2.170 ataques digitais semanais em todo o mundo.
“A RNP é uma instituição ligada ao setor público diretamente. Tem uma responsabilidade imensa. E este passo que está sendo dado é muitíssimo importante para não só dar garantia às nossas instituições, mas também ao projeto de desenvolvimento do nosso país. Acho que é um momento muito importante para a RNP e sobretudo para a Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil”, explicou Inácio Arruda – secretário de C&T Para o Desenvolvimento Social do MCTI.
O trabalho do SOC-RNP vai complementar o que já é realizado pelo CAIS (Centro de Atendimento a Incidentes de Segurança), criado pela RNP há 26 anos, e responsável pela segurança cibernética das instituições conectadas.
“As ameaças e vulnerabilidade só aumentam e ao mesmo tempo a demanda por um serviço como esse se torna maior. Tenho certeza que, em pouco tempo, esse serviço vai se tornar muito mais robusto e oferecer uma gama de outras funções que vão ser de grande valia para as universidades, ao permitir que a gente durma mais tranquilo sabendo que uma equipe da RNP irá cuidar da segurança institucional de nossos órgãos”, apontou Fábio Campelo, subsecretário de Tecnologia da Informação e Comunicação do Ministério da Educação.
O SOC-RNP também tem o compromisso de contribuir com a comunidade, promovendo as melhores práticas de segurança e compartilhando conhecimentos de operação em segurança com instituições como a Cooperação Latino-Americana de Redes Avançadas (RedClara) e o Grupo de Trabalho de Segurança Regional das Redes Acadêmicas de Latam e Caribe (eduLACSEG).
Além de Simões, Fernandes, Arruda e Campelo, participaram do lançamento Odir Dellagostin, presidente do Conselho Nacional das Fundações Estaduais De Amparo À Pesquisa (Confap); Carla Simone Pires, diretora de TI na IFSUL (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-Rio-Grandense); Andrés Menéndez, Diretor de TI da UFS (Universidade Federal de Sergipe) e Presidente do CGTIC (Colégio de Gestores de Tecnologia de Comunicação); e o especialista em segurança da informação André Landim.
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