A escalada dos ataques cibernéticos no Brasil é uma preocupação que transcende as fronteiras das organizações
A escalada dos ataques cibernéticos no Brasil é uma preocupação que transcende as fronteiras das organizações. À medida que a cibersegurança se torna cada vez mais complexa, é evidente que abordagens isoladas não são suficientes.
A segurança compartilhada surge como uma estratégia vital para reunir governos, empresas e indivíduos na batalha contra ameaças cibernéticas.
A segurança compartilhada se baseia na ideia de que a segurança cibernética não é uma responsabilidade exclusiva de uma entidade ou setor. É um esforço coletivo.
Ao compartilhar informações, tecnologias e práticas recomendadas, podemos criar uma defesa unificada mais robusta contra ameaças cibernéticas.
O Brasil, enfrentando um aumento acentuado nos ataques cibernéticos, pode se beneficiar significativamente da segurança compartilhada. Aqui estão algumas abordagens sobre como isso pode ser alcançado:
Empresas, governo e organizações não governamentais devem colaborar, compartilhando informações sobre ameaças e vulnerabilidades. Plataformas centralizadas para compartilhamento de informações podem ser estabelecidas para facilitar esse processo.
É crucial revisar e fortalecer as legislações existentes, incentivando as organizações a aderirem às práticas de segurança cibernética rigorosas e compartilhar dados sobre ameaças de forma transparente e segura.
A educação pública e a conscientização sobre riscos cibernéticos devem ser intensificadas. Programas de treinamento e campanhas de conscientização podem ajudar indivíduos e organizações a entenderem e mitigar os riscos.
Promover a inovação em cibersegurança, incentivando o desenvolvimento de tecnologias que não apenas protegem contra ameaças, mas também facilitam o compartilhamento seguro de informações.
Luiz Madeira, CEO da GWCloud Company, reflete sobre esta questão. “Segundo um estudo do Gartner, até o próximo ano, 2024, é previsto que aproximadamente 80% das empresas adotem uma estratégia para unificar a Web, serviços em Nuvem e acesso a aplicativos privados a partir de uma plataforma SSE de um único fornecedor. Algo que me surpreende é como muitas empresas falham em fazer do Zero Trust o ponto de partida para a segurança”, observa Madeira.
Ele continua: “A segurança compartilhada, quando bem implementada entre provedor, colaboradores e outros fornecedores, agrega por obrigação, uma responsabilidade e garantia da camada física e lógica da organização. E concomitantemente evita que haja qualquer tipo de indisponibilidade, como falta de energia ou oscilação dos sistemas, por exemplo. No conceito Zero Trust, a segurança compartilhada basicamente define que não se deve confiar em nada e sempre se deve verificar tudo.”
De acordo com o estudo da Gartner citado por Madeira, “este ano, 60% das empresas substituíram seus acessos remotos VPN para a arquitetura de confiança zero (Zero Trust) como mecanismo de proteção integrado ao modelo de responsabilidade compartilhada.”
“Colaborar de forma mais ampla com outras empresas e entidades governamentais para compartilhar conhecimentos e melhorar práticas, fortalece as defesas cibernéticas em todo o setor,” afirma Madeira. “A segurança compartilhada valoriza a colaboração entre empresas, governo e outros stakeholders, um movimento crucial para construir uma rede de defesa mais robusta e abrangente, entre clientes, provedores e parceiros.”
A segurança compartilhada não é uma opção, mas uma necessidade na paisagem cibernética contemporânea do Brasil. Enfrentando ameaças cada vez mais sofisticadas, a união de todos os setores da sociedade para compartilhar informações, inovações e estratégias é o caminho a seguir.
Ao adotar essa abordagem coletiva, o Brasil pode não apenas mitigar os riscos cibernéticos existentes, mas também fortalecer sua infraestrutura digital para enfrentar desafios futuros com confiança e resiliência.
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