Big Data é um volume massivo de dados que são, normalmente, armazenados em data centers
*Por Claúdio Santos
A segurança da informação é indispensável para qualquer empresa que utiliza a tecnologia em seu dia a dia. Prevenir desastres, como perda de dados importantes ou até sofrer algum tipo de invasão de hackers, é uma grande preocupação para os gestores. Por isso, a preservação do big data precisa ser a mais otimizada possível.
O data center, local que concentra servidores e equipamentos para processamento de dados do big data, funciona como um “sistema nervoso”, armazenando volumes expressivos de informações. Você sabe como garantir a segurança nesses ambientes? Confira!
Sob medida
Um data center é composto de vários servidores trabalhando juntos, que processam todas as atividades digitais em seu software. Na Google, por exemplo, eles são construídos pela própria empresa, com especificações de hardware sob medida. O sistema operacional Linux, em algumas de suas distribuições, costuma ser bastante utilizado em data centers, pelo seu maior potencial para customizações e por promover mais segurança, sendo mais imune a ameaças virtuais. Além disso, é menos visado pelos hackers.
Total controle de acesso físico
Não se cogitam visitas públicas às instalações de um data center. Até funcionários devem ter restrições de acesso. Por isso, haverá câmeras com monitoramento 24 horas por dia, cercas de proteção e portões guardados por profissionais treinados para proteger o perímetro do prédio onde está instalado.
O controle do acesso interno também é feito com rigor, havendo registro de toda a movimentação. Alguns sistemas de segurança mais sofisticados contam com dispositivos de verificação da íris dos funcionários. Outros recursos adotados são os sensores de presença e códigos individuais, que dão acesso a repartições específicas apenas aos respectivos encarregados.
Os dados que compõe o Big Data precisam de proteção especial
Em serviços com completa infraestrutura como os do Google, é comum que os dados sejam mantidos em redundância, com backups constantes na nuvem pública — ou seja, outros data centers espalhados pelo globo. Isso confere total segurança à integridade do big data.
Também se utilizam discos rígidos para o armazenamento, que contêm as informações de todos os usuários do serviço ou da plataforma. A medida de segurança nesse caso é o arquivamento em vários locais. Além disso, é aplicada uma criptografia e uma codificação impossível de ser quebrada por humanos. Caso haja falha em algum disco, são feitos todos os testes e, verificando a irreversibilidade do dano, ele é totalmente destruído para que se tenha certeza do não vazamento de nenhum dado do usuário.
Por meio dos sistemas de backup, nenhuma informação será perdida. Por meio de geradores, os data centers ficam sempre ligados, ainda que haja uma eventual queda de energia. Não apenas um ponto, mas várias conexões à internet são também mantidas para assegurar os backups na nuvem.
*Cláudio Santos é CEO da Santo Digital, empresa líder em Google Cloud e G-Suite. – www.santodigital.com.br