No entanto, com a sofisticação cada vez maior dos hackers, o mundo corporativo tem recorrido a medidas adicionais para evitar prejuízos, como a contratação de um Seguro Cyber
Entenda por que e como pequenos e médios negócios devem investir em segurança digital
A expansão do trabalho remoto na pandemia trouxe inúmeros ganhos para as empresas. Por outro lado, abriu mais espaço para ação crescente dos hackers no mundo corporativo.
De acordo com o último levantamento da companhia israelense CheckPoint, o segundo trimestre de 2022 apresentou um pico histórico, com um aumento dos ataques cibernéticos globais na ordem de 32% em comparação com o segundo trimestre de 2021.
O Brasil apresentou um crescimento acima da média, em torno de 46%. Dados da Trend Micro, empresa global especializada em cibersegurança, apontam que o país ocupa o quarto lugar no mundo em volume de ataques virtuais, atrás somente dos EUA, Rússia e Japão.
Os ciberataques são crimes que podem afetar tanto as empresas quanto os seus colaboradores e clientes, uma vez que essas ocorrências podem resultar em sequestro e exposição de dados.
Geralmente, as invasões de sistemas são feitas por meio de softwares nocivos, chamados ransomwares.
![Seguro](https://cryptoid.com.br/wp-content/uploads/2022/10/Kamila-Souza-superintendente-da-Area-Tecnica-e-Novos-Negocios-da-corretora-Finlandia-edited-1.png)
“São programas utilizados pelos criminosos para bloquear as informações, impedido as empresas de acessá-las. Para reaver os seus dados, as companhias podem ser chantageadas e constrangidas a pagar pelo ‘resgate’, da mesma forma que ocorre no sequestro de pessoas”, explica Kamila Souza, superintendente da Área Técnica e Novos Negócios da corretora Finlândia.
Outro crime cada vez mais comum é o vazamento e a venda de dados sensíveis na deep web e na dark web.
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) tem levado as empresas a investirem em uma estrutura mais forte de segurança digital (setor de TI capacitado, treinamentos, política interna de tratamento de dados e senhas, entre outros).
No entanto, com a sofisticação cada vez maior dos hackers, o mundo corporativo tem recorrido a medidas adicionais para evitar prejuízos, como a contratação de um Seguro Cyber.
Embora ainda seja pouco representativa entre os produtos do mercado de seguros, a modalidade, já consolidada em diversos países, representa uma tendência entre as empresas brasileiras, em função da explosão de crimes digitais.
“O segmento é um dos que mais cresceu em 2021 no país, em empresas de todos os portes e de diversos setores de atuação”, afirma a especialista da Finlândia.
Dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep) mostram que a carteira de Seguro Cyber apresentou, como esperado, um crescimento exponencial de janeiro a agosto de 2022, fechando o período com mais de R$ 110 milhões em prêmios emitidos.
Isso representa um aumento de mais de 73% em relação ao mesmo período de 2021, quando foi registrado o valor de cerca R$ 63 milhões em prêmios.
Segundo a instituição, esse modelo atingiu três dígitos de crescimento em 2020 (130,8%) e em 2021 (173,7%).
Kamila esclarece que esse crescimento se deve ao fato dos crimes cibernéticos gerarem prejuízos em cascata, que extrapolam perdas financeiras, podendo comprometer também a imagem de uma marca.
“Uma indústria de alimentos automatizada, por exemplo, pode sofrer um ataque no seu sistema de produção, comprometendo a qualidade dos produtos e colocando em risco a saúde dos consumidores.”
A especialista da Finlândia relata que a procura vem aumentando principalmente entre médias e grandes empresas, embora seja um produto disponível e cada vez mais necessário para as pequenas também.
Como funciona o Seguro Cyber
A superintendente da seguradora Finlândia explica que a proteção é customizada conforme as necessidades da empresa, seja ela pequena, média ou grande.
Basicamente, o produto irá cobrir os prejuízos gerados por um ciberataque, seja pela interrupção das suas atividades ou por uma ação judicial envolvendo terceiros.
Para a contratação do seguro é feita uma análise de riscos e um ponto de peso nesse processo é o plano de contingência.
Ou seja, a capacidade de continuidade e recuperação do negócio e suas operações após um ataque cibernético. Este mapeamento de riscos analisa:
– a vulnerabilidade do sistema;
– riscos digitais inerentes à atividade fim;
– compliance de segurança digital;
– investimentos em tecnologias de prevenção;
– existência de plano de contingência;
– mensuração dos riscos e possíveis perdas;
– boas práticas (senhas, antivírus, treinamento de usuários, campanhas de conscientização); entre outros.
“Não existe uma tecnologia ou solução capaz de oferecer uma garantia de 100% contra todos os riscos cibernéticos. E não é o setor ou o porte da empresa que define sua vulnerabilidade a crimes digitais. Hoje, a equação ‘tecnologia + reserva financeira ou giro de capital + seguro’ se mostra vital para qualquer empresa”, afirma Kamila.
Sobre a Finlândia
Atuando no mercado desde 2009 e com equipe presente em 14 cidades do Brasil, a Finlândia é uma corretora que oferece diversas modalidades de seguros.
Líder na venda de Seguro Garantia, a companhia está diversificando seus negócios, passando a oferecer seguros no segmento de Benefícios e visa ser a corretora líder brasileira em multisseguros para pequenas e médias empresas.
Inteligência de mercado, atendimento personalizado e expertise de seu time de profissionais, são alguns dos motivos que fizeram a empresa superar o número de 550 mil apólices comercializadas ao longo de sua história, com mais de 40 mil clientes atendidos e um NPS atual de 94, um dos maiores do setor.
Tendo como o principal pilar de sustentação da empresa “pessoas e cultura”, a Finlândia é certificada há 3 anos seguidos pela GPTW como uma ótima empresa para se trabalhar e isso só reforça a essência do negócio.
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