Do mercado imobiliário à indústria musical, ferramentas baseadas em IA surgem com o propósito de levar mais facilidade para o dia a dia
Nos últimos anos, startups dos mais variados segmentos passaram a investir em Inteligência Artificial (IA), e provaram que o uso desse tipo de tecnologia é benéfico para o desenvolvimento de negócios, além de trazer mais facilidades para o dia a dia do consumidor final.
Segundo o site Statista, espera-se que o mercado global de inteligência artificial chegue a US$ 1,8 trilhão em 2030. E de acordo com uma pesquisa recente da IBM, 41% das empresas brasileiras já usam, de alguma forma, IA no seu dia a dia.
De olho neste mercado e nas possibilidades de rápido crescimento, empresas inseridas no ecossistema de inovação vem desenvolvendo dinâmicas que melhoram a eficiência operacional, geram oportunidades de negócios, aprimoram a experiência do cliente e desenvolvem produtos e/ou serviços inovadores.
A Indicium, empresa que incentiva organizações a uma cultura data-driven, a Lastro, que simplifica a gestão de imóveis, e a Magroove, startup que atua na distribuição digital de músicas de artistas independentes nas plataformas de streaming, têm em comum o uso de ferramentas com base em inteligência artificial e vem transformando a experiência de empresas e usuários na previsibilidade de resultados, no mercado imobiliário e na indústria musical, por exemplo.
Indicium
Com a Análise Preditiva, abordagem que usa algoritmos e técnicas de Inteligência Artificial para fazer previsões ou estimativas de eventos futuros com base em histórico de dados, a Indicium consegue agregar valor aos negócios de diferentes setores.
De forma simplificada, a IA é usada para cruzar grandes volumes de dados e variáveis do negócios, que estejam, por exemplo, armazenados em bases de dados, data lakes (lagos de dados) ou até mesmo planilhas.
Com isso, é possível fazer previsões, monitorar tendências, identificar probabilidade de falha, entre outros aspectos do negócio, o que permite reduzir erros e maximizar resultados.
“Decisões orientadas a dados garantem uma vantagem competitiva diante do cenário atual do mercado. Ao analisar e interpretar as informações disponíveis, a partir da análise preditiva, as empresas têm a capacidade de identificar oportunidades de crescimento, antecipar demandas do mercado e oferecer soluções personalizadas aos seus clientes”, explica Isabela Blasi, Diretora de Novos Negócios da Indicium.
Lastro
Recém lançada pela Lastro, startup que simplifica a gestão de imóveis, a Lais (Lastro Artificial Intelligence System), espécie de ChatGPT exclusivo para o mercado imobiliário, utiliza a versão GPT-4, a mais avançada do modelo que serve de base para a IA mais famosa do momento.
O ChatGPT utiliza a tecnologia GPT-3.5 que atualmente possui cerca de 60% de confiabilidade. Com o GPT-4, a IA da Lastro conta com aproximadamente 80% de confiabilidade da informação.
“Diferente do ChatGPT, que usa uma base de informações muito ampla e que foi ajustado para não ser tão especialista, nós criamos uma nova camada que é especialista no mercado imobiliário. Nessa nova camada, nós ensinamos a inteligência artificial sobre todas as particularidades do mercado, nela há a lei do inquilinato, dados médios de mercado de 317 cidades, suporte a cálculo de reajuste de locação e diversas outras minuciosidades que existem no Brasil.”, aponta Pedro Milanez, CTO da Lastro, executivo de tecnologia que foi o primeiro funcionário do Nubank, maior fintech brasileira.
Magroove
A startup desenvolveu uma ferramenta de descoberta musical, baseada em inteligência artificial, que recomenda artistas com base na popularidade deles. Por meio do aplicativo da Magroove, a IA recomenda canções de acordo com elementos musicais chave.
O usuário digita a música na busca do aplicativo e a plataforma analisa o perfil sonoro daquela música e recomenda semelhantes a ela.
Dessa forma, a empresa coloca artistas independentes lado a lado a de ícones da música e entrega um conteúdo realmente relevante aos fãs de música.
“O algoritmo permite aos músicos que ainda não tiveram validação do público a possibilidade de terem a música deles escutada, porque a popularidade não é um fator determinante, o que proporciona uma maior democratização no mercado”, comenta Vitor Cunha, CEO e cofundador da Magroove.
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