Além de universidades e faculdades, a CredDefense quer oferecer seus serviços para escolas de ensino fundamental e médio e também para cursinho pré-vestibular
A CredDefense, plataforma especializada em soluções antifraude, que já atua nos ramos financeiro, de logística e de locação de veículos, começou a operar no segmento de educação. Apesar de toda sua expertise em segurança com base na biometria facial, neste projeto voltado ao ramo educacional o foco é a automação dos processos.
A empresa está implantando em quatro instituições de ensino superior um sistema que permite processar toda a documentação dos alunos de forma 100% digital.
O CEO da CredDefense, José Luís Volpini, contou que durante as análises de mercado para encontrar nichos onde a companhia poderia investir, a equipe notou que a prevenção de fraudes não era a necessidade de maior potencial para explorar no ramo da educação.
“Entendemos que nossa tecnologia poderia ser usada em mais segmentos, como a automação, por exemplo. Tudo o que fazemos no setor financeiro pode ser adaptado para outros ramos de negócios”, disse o executivo.
O ingresso no ramo educacional começou com um projeto piloto ainda no ano passado, mas a captação de clientes do setor teve início há apenas três meses.
A ideia é crescer organicamente e não há uma meta estabelecida no que diz respeito à quantidade de contratos a serem fechados nos próximos meses.
“Buscamos um crescimento bem natural. As negociações com escolas estão evoluindo e em breve teremos mais contratos assinados”, disse Volpini.
Além de universidades e faculdades, a CredDefense quer oferecer seus serviços para escolas de ensino fundamental e médio e também para escolas que oferecem cursos complementares como cursinho pré-vestibular, cursos preparatórios para concursos públicos, EAD (Educação a Distância), escolas de idiomas, entre outras empresas da área.
O gerente de Projetos da CredDefense, Alexander Rodrigo Cuadros, explica que a grande dor das escolas está justamente no processamento das informações. São necessárias dezenas de funcionários para receber documentação, analisar, alimentar o sistema e seguir com a matrícula de dezenas ou centenas de milhares de alunos.
A automação é implantada com base na tecnologia OCR, sigla em inglês para Reconhecimento Ótico de Caracteres. Ela possibilita a inserção da documentação sem que seja necessário um funcionário digitar dados como o número do RG, por exemplo.
“O aluno recebe um SMS com um link para fazer a matrícula. Leva de dois a três minutos para preencher tudo”, explica Cuadros. Inteligente, a tecnologia é capaz de identificar os diferentes tipos de documentos pessoais como RG, CPF, histórico escolar de forma a evitar erros de preenchimento, acidentais ou não.
“Além de garantir organização, o sistema é assertivo”. Resumindo, o OCR extrai as informações e as entrega às instituições devidamente tabuladas em seus bancos de dados.
O gerente explica ainda que a experiência que a companhia tem com biometria facial permite automatizar outros processos, além da matrícula do estudante.
Um aluno que perdeu a senha de acesso ao site da instituição pode recuperá-la de forma segura por meio de biometria feita a partir da câmera do próprio celular. Dá até para assinar eletronicamente um contrato entre aluno e escola. “Não existe assinatura mais segura do que a própria face do aluno”, diz Cuadros.
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